"Com certa freqüência é questionada a preferência para o uso do eucalipto (uma espécie “exótica”!!!) como matéria-prima de fibra curta pela indústria brasileira de celulose. A resposta, praticamente óbvia, é de que, simplesmente, não há alternativa técnica e econômica para poucas espécies deste gênero que são aceitas pela indústria. Em situações ou ocasiões pontuais e especiais, outros gêneros foram tentados: Gmelina (de triste lembrança no megalomaníaco projeto do fim da década de 60) e Acacia, além de bagaço de cana-de-açúcar, palhas de cereais e alguns gêneros “nativos” como, por exemplo, Mimosa (bracatinga), etc. Em todos os casos, por problemas de ordem silvicultural/agrícola ou por não apresentarem, a nível industrial, um grande diferencial sobre o eucalipto, foram deixados para segundo plano. Por outro lado, com exceção da Araucaria, o nosso Pinheiro do Paraná, que não serve de referência porque fornece fibra longa, não foi encontrado, até o momento, um gênero nativo que pudesse competir com o eucalipto. Se tivesse aparecido tempos atrás, e sido aplicado todo arsenal de recursos humanos e financeiros na pesquisa e desenvolvimento, como utilizado para o eucalipto, teríamos outros “desertos verdes” de “nativas brasileiras”. Que paradoxo, não? "
Fonte: Prof. Luiz Ernesto George Barrichelo – IPEF Notícias.
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