O comportamento dos herbicidas no ambiente depende de sua composição química, do modo de aplicação e de fatores edafoclimáticos. Este estudo teve como objetivos avaliar em campo: i) a interferência dos resíduos florestais no controle das plantas daninhas e na eficácia de diferentes herbicidas aplicados na pré-emergência das plantas daninhas; ii) a seletividade dos diferentes herbicidas para as plantas de eucalipto e na atividade microbiológica do solo e iii) o efeito residual dos herbicidas. Foram usados quatro herbicidas aplicados na pré-emergência das plantas daninhas aplicados em área total e antes do plantio do híbrido Eucalyptus urophylla x grandis. A pesquisa foi instalada no delineamento blocos casualizados com cinco repetições, e sete tratamentos: 1) testemunha sem resíduo (linha de plantio com solo exposto após preparo de solo e retirada manual dos resíduos florestais da entrelinha de plantio); 2) testemunha com resíduo (linha de plantio com solo exposto após preparo de solo e manutenção dos resíduos florestais na entrelinha de plantio); 3) testemunha com controle (semelhante à testemunha com resíduo, mas com capina química das plantas daninhas durante o período de avaliação); 4) aplicação de isoxaflutole; 5) aplicação de sulfentrazone; 6) aplicação de flumioxazin; 7) aplicação de oxyfluorfen. Os efeitos dos tratamentos foram avaliados por meio da: i) avaliação visual de controle das plantas daninhas na linha e na entrelinha de plantio; ii) contagem e identificação das plantas daninhas emergidas após aplicação; iii) levantamento de sintomas de fitotoxidez e mensuração da altura da planta e do diâmetro do colo; iv) quantificação da atividade microbiológica no solo.
A dissertação completa está disponível em: Teses USP.
Blog destinado à Engenharia Florestal: eventos, notícias e matérias interessantes.
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quinta-feira, 19 de abril de 2018
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Imaflora e IPEF lançam guia sobre novo Código Florestal
O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – IMAFLORA e o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) somaram esforços para elaborar o “Guia para a aplicação da nova lei florestal em propriedades rurais”. O guia explica, de forma clara, a complexidade da nova Lei, e sua aplicação para as propriedades rurais de qualquer tamanho, e localizadas em todas as regiões e biomas do Brasil.
A publicação traz capítulos específicos sobre áreas de preservação permanente, reserva legal, regularização de imóveis rurais, cadastro ambiental rural e sobre a novidade do Código, os instrumentos econômicos para auxiliar a conservação em terras privadas, além de casos práticos.
Boa leitura!
A publicação traz capítulos específicos sobre áreas de preservação permanente, reserva legal, regularização de imóveis rurais, cadastro ambiental rural e sobre a novidade do Código, os instrumentos econômicos para auxiliar a conservação em terras privadas, além de casos práticos.
Boa leitura!
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Dormência de sementes e as plantas daninhas
Dormência é um estado de repouso devido a condições intrísecas inerentes à própria semente, podendo ser física, mecânica ou fisiológica. Nesse caso, a semente não germina, mesmo que as condições ambientais sejam favoráveis, pois necessitam de que a dormência seja superada de alguma forma.
A dormência, nas várias formas, é um dos mais importantes mecanismos indiretos de dispersão e um meio necessário de sobrevivência para as plantas daninhas, pois conseguem sobreviver em estações desfavoráveis, aumentando a sua população quando as condições retornam à sua normalidade. Como a dormência não é a mesma em todas as sementes de uma planta, pode ocorrer germinação durante meses ou até anos, garantindo a perpetuação da espécie.
Certas espécies necessitam de condições especiais para germinarem. Isso pode ocorrer pela simples movimentação do solo, que pode expor as sementes à luz, provocar mudanças nos teores de umidade, na temperatura e na composição atmosférica do solo, ou até mesmo acelerar a liberação de compostos estimulantes da germinação, como nitratos. Pode-se observar facilmente, por exemplo, no rastro da roda do trator, cerca de 10% a mais de emergência de plantas daninhas.
Os diversos tipos de dormência podem ser agrupados em:
A dormência, nas várias formas, é um dos mais importantes mecanismos indiretos de dispersão e um meio necessário de sobrevivência para as plantas daninhas, pois conseguem sobreviver em estações desfavoráveis, aumentando a sua população quando as condições retornam à sua normalidade. Como a dormência não é a mesma em todas as sementes de uma planta, pode ocorrer germinação durante meses ou até anos, garantindo a perpetuação da espécie.
Certas espécies necessitam de condições especiais para germinarem. Isso pode ocorrer pela simples movimentação do solo, que pode expor as sementes à luz, provocar mudanças nos teores de umidade, na temperatura e na composição atmosférica do solo, ou até mesmo acelerar a liberação de compostos estimulantes da germinação, como nitratos. Pode-se observar facilmente, por exemplo, no rastro da roda do trator, cerca de 10% a mais de emergência de plantas daninhas.
Os diversos tipos de dormência podem ser agrupados em:
- Dormência primária: é aquela que a semente adquire ainda quando está ligada à planta-mãe, durante o processo de maturação e persiste por algum tempo depois de completada a maturação;
- Dormência secundária ou induzida: é aquela que a semente, já liberada da planta-mãe não dormente, adquire a dormência.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Plantas daninhas
Os fatores que afetam o grau de interferência entre as plantas daninhas e e as culturas agrícolas depende das manifestações ligadas à comunidade infestante, à própria cultura, à época e extensão do período de controle e às práticas culturais empregadas na condução da lavoura.
Fatores ligados à cultura: as diferentes espécies de plantas cultivadas variam bastante em suas capacidades de suportar a competição imposta pela plantas daninhas. Os grandes trunfos dos cultivares de elevada capacidade competitiva são rápida germinação, rápida emergência e profuso crescimento inicial, com intenso recrutamento de recursos do ambiente e alto poder de interceptação da luz solar.
Fatores ligados à comunidade infestante: a composição específica é fator de fundamental importância na determinação do grau de interferência da comunidade infestante. A densidade e a distribuição das plantas daninhas na área cultivada são outros dois importantes fatores qe influenciam o grau de competição entre a cultura e a comunidade infestante.
Fatores ligados ao ambiente: a resposta de cada uma das populações às variações climáticas e edáficas determina uma mudança no equilíbrio da comunidade e, também, na própria cultura, influenciando o balanço competitivo. Fertilização adequada no local adequado, tratamentos fitossanitários que favoreçam a cultura, aplicação de fitorreguladores visando aumentar o potencial competitivo por meio de um sombreamento mais rápido e eficiente do solo, são exemplos de técnicas de manejo que influeciam o grau de interferência planta daninha-cultura.
Quanto ao período de convivência: conhecer o impacto das épocas e durações do período de convivência ou de controle das plantas daninhas nas culturas agricolas é fundamental para o establecimento de programas racionais de manejo da comunidade infestante visando à redução de seu efeito prejudicial e à sustentabilidade do agroecossistema. É interessante esclarecer o significado desse período em termos de relações de interferência: as espécies de plantas daninhas que emergirem nesse período, em determinada época do ciclo da culturam terão atingido tal estádio de desenvolvimento que promoverão expressiva interferência sobre a planta cultivada a ponto de reduzir substancialmente a produtividade econômica.
Adapatado de: Manual de Manejo e Controle de Plantas Daninhas, PITELLI, R.A. e PITELLI, R.L.C.M. "Biologia e Ecofisiologia das plantas daninhas".
Fatores ligados à cultura: as diferentes espécies de plantas cultivadas variam bastante em suas capacidades de suportar a competição imposta pela plantas daninhas. Os grandes trunfos dos cultivares de elevada capacidade competitiva são rápida germinação, rápida emergência e profuso crescimento inicial, com intenso recrutamento de recursos do ambiente e alto poder de interceptação da luz solar.
Fatores ligados à comunidade infestante: a composição específica é fator de fundamental importância na determinação do grau de interferência da comunidade infestante. A densidade e a distribuição das plantas daninhas na área cultivada são outros dois importantes fatores qe influenciam o grau de competição entre a cultura e a comunidade infestante.
Fatores ligados ao ambiente: a resposta de cada uma das populações às variações climáticas e edáficas determina uma mudança no equilíbrio da comunidade e, também, na própria cultura, influenciando o balanço competitivo. Fertilização adequada no local adequado, tratamentos fitossanitários que favoreçam a cultura, aplicação de fitorreguladores visando aumentar o potencial competitivo por meio de um sombreamento mais rápido e eficiente do solo, são exemplos de técnicas de manejo que influeciam o grau de interferência planta daninha-cultura.
Quanto ao período de convivência: conhecer o impacto das épocas e durações do período de convivência ou de controle das plantas daninhas nas culturas agricolas é fundamental para o establecimento de programas racionais de manejo da comunidade infestante visando à redução de seu efeito prejudicial e à sustentabilidade do agroecossistema. É interessante esclarecer o significado desse período em termos de relações de interferência: as espécies de plantas daninhas que emergirem nesse período, em determinada época do ciclo da culturam terão atingido tal estádio de desenvolvimento que promoverão expressiva interferência sobre a planta cultivada a ponto de reduzir substancialmente a produtividade econômica.
Adapatado de: Manual de Manejo e Controle de Plantas Daninhas, PITELLI, R.A. e PITELLI, R.L.C.M. "Biologia e Ecofisiologia das plantas daninhas".
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Paricá no Globo Rural
Domingo no Globo Rural passou uma matéria muito interessante a respeito do Paricá, espécie já comentada por aqui. Vale a pena conferir a reportagem.
Saudações floresteiras!
Saudações floresteiras!
sábado, 29 de outubro de 2011
Nutrição de mudas de eucalipto
Estudos visando quantificar a concentração e acúmulo de nutrientes nos tecidos vegetais das mudas em diferentes idades são importantes para determinar a dose e a relação adequada dos nutrientes a ser aplicadas nas adubações de cobertura, nos diferentes estádios de desenvolvimentos da mudas. Atualmente, a falta dessas informações faz com que a maior parte dos viveiros florestais padronizem a aplicação de fertilizantes, independente da fase de crescimentos da muda.
Os objetivos desse trabalho foram: analisar o crescimento das mudas expresso pela produção de matéria seca, determinar as concentrações e as quantidades acumuladas de nutrientes no diferentes órgãos da planta em função da idade.
O experimento foi conduzido em viveiro comercial utilizando-se sementes de E. grandis e o substrato foi o produto comercial "Plantmax Florestal" que é constituído de casca de Pinus decomposta, casa de arroz carbonizada, vermiculita e perlita. As adubações foram realizadas aos 30, 40 e 50 dias após semeadura através de rega manual com 1 litro de solução por bandeja. Os parâmetros analisados foram: peso seco de folhas, raízes e caule; concentração e acúmulo dos nutrientes nas diferentes partes da muda.
Os resultados sugerem que, nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, a adubação entre 30 e 70 dias deva favorecer o fornecimento de nitrogênio se comparado ao potássio e o contrário deverá acontecer na fase de rustificação. Isso se justifica pela importância no nitrogênio no aumento de área foliar e maior crescimento vegetativo na fase inicial e o aumento da dose de potássio é justificado por fazer com que as mudas se tornem, fisiologicamente, mais capazes de regular suas perdas de umidade além de facilitar o engrossamento do caule. Já o fornecimento de cálcio é essencial na fase de rustificação pois ele está diretamente ligado a síntese da parede celular na fase secundária do desenvolvimento e no processo de lignificação, suprindo assim a necessidade de maior lignificação do caule.
Adaptado de: Silveira, R.L.V.A., Luca, E.F., Silveira, L.V.A., Luz, H.F. 2003 . Matéria Seca, concentração e acúmulo de nutrientes em mudas de Eucalyptus grandis em função da idade. Scientia Forestalis, n64, p 136-149, dez 2003.
Os objetivos desse trabalho foram: analisar o crescimento das mudas expresso pela produção de matéria seca, determinar as concentrações e as quantidades acumuladas de nutrientes no diferentes órgãos da planta em função da idade.
O experimento foi conduzido em viveiro comercial utilizando-se sementes de E. grandis e o substrato foi o produto comercial "Plantmax Florestal" que é constituído de casca de Pinus decomposta, casa de arroz carbonizada, vermiculita e perlita. As adubações foram realizadas aos 30, 40 e 50 dias após semeadura através de rega manual com 1 litro de solução por bandeja. Os parâmetros analisados foram: peso seco de folhas, raízes e caule; concentração e acúmulo dos nutrientes nas diferentes partes da muda.
Os resultados sugerem que, nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, a adubação entre 30 e 70 dias deva favorecer o fornecimento de nitrogênio se comparado ao potássio e o contrário deverá acontecer na fase de rustificação. Isso se justifica pela importância no nitrogênio no aumento de área foliar e maior crescimento vegetativo na fase inicial e o aumento da dose de potássio é justificado por fazer com que as mudas se tornem, fisiologicamente, mais capazes de regular suas perdas de umidade além de facilitar o engrossamento do caule. Já o fornecimento de cálcio é essencial na fase de rustificação pois ele está diretamente ligado a síntese da parede celular na fase secundária do desenvolvimento e no processo de lignificação, suprindo assim a necessidade de maior lignificação do caule.
Adaptado de: Silveira, R.L.V.A., Luca, E.F., Silveira, L.V.A., Luz, H.F. 2003 . Matéria Seca, concentração e acúmulo de nutrientes em mudas de Eucalyptus grandis em função da idade. Scientia Forestalis, n64, p 136-149, dez 2003.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Biomassa para energia
O diretor Florestal da Divisão América Latina da Stora Enso Brasil, João Fernando Borges, ministrou a palestra "Indústria Florestal e Bioenergia", realizada durante o XVI Seminário de Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal, ocorrido na mesma semana do Expoforest e discorreu sobre a importância da biomassa de madeira como fonte de energia.
"A biomassa de madeira vem ganhando importância como uma fonte de energia renovável. Por mais que também implique em combustão de carbono e emissões de gases, representa sequestro de CO2. E sua utilização está na base dos processos de produção da indústria florestal, ou seja, colheita e logística utilizadas na indústria de produtos de madeira, de celulose e papel ou energia", comenta. Borges diz que, no Brasil, muitas fábricas de celulose já não dependem 100% da energia da rede e até vendem o excedente.
O diretor falou ainda sobre a permanente evolução dos métodos de produção. "A gaseificação da madeira é um processo antigo, de antes da Segunda Guerra Mundial. Foi sendo aperfeiçoado para se tornar mais limpo, ambientalmente adequado e viável economicamente em larga escala".
Adapatado de: Painel Florestal
"A biomassa de madeira vem ganhando importância como uma fonte de energia renovável. Por mais que também implique em combustão de carbono e emissões de gases, representa sequestro de CO2. E sua utilização está na base dos processos de produção da indústria florestal, ou seja, colheita e logística utilizadas na indústria de produtos de madeira, de celulose e papel ou energia", comenta. Borges diz que, no Brasil, muitas fábricas de celulose já não dependem 100% da energia da rede e até vendem o excedente.
O diretor falou ainda sobre a permanente evolução dos métodos de produção. "A gaseificação da madeira é um processo antigo, de antes da Segunda Guerra Mundial. Foi sendo aperfeiçoado para se tornar mais limpo, ambientalmente adequado e viável economicamente em larga escala".
Adapatado de: Painel Florestal
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Expoforest: madeira para energia
Uma das discussões que envolveu o público do 2º Encontro Brasileiro de Silvicultura, um dos eventos ocorridos na semana da Expoforest, foi a questão da madeira energética. O assunto foi desenvolvido dentro do painel sobre Perspectivas dos Setores de Produção Florestal do seminário, com o tema “A utilização de mais de 50% da madeira extraída no mundo como fonte energética”, proferida pelo professor José Otávio Brito, da Esalq/USP.
Em 2009, 62% do consumo de madeira no Brasil foi destinado à produção de energia, a maior parte como carvão vegetal, cuja produção mundial é liderada pelo país. “A vocação da aplicação do carvão é a siderurgia. Tanto assim, que seu valor está atrelado ao do ferro-gusa”, comentou Brito, referindo-se ao que o setor convencionou chamar de “aço verde”.
O professor da Esalq também falou sobre um “desafio a ser superado” pelo setor: ampliar a utilização de madeira proveniente da silvicultura, que responde por 51% do total – 49% ainda vem do extrativismo.
Há, de acordo com Brito, forte sinalização do Governo Federal no sentido de reduzir o desmatamento no setor siderúrgico de carvão vegetal, bem como das emissões de gases resultantes da carbonização. “Esse é outro desafio forte, pois 60% estão nas mãos dos pequenos produtores, que usam o chamado forno de ‘rabo quente’”, observou.
Fonte: Celulose Online
Em 2009, 62% do consumo de madeira no Brasil foi destinado à produção de energia, a maior parte como carvão vegetal, cuja produção mundial é liderada pelo país. “A vocação da aplicação do carvão é a siderurgia. Tanto assim, que seu valor está atrelado ao do ferro-gusa”, comentou Brito, referindo-se ao que o setor convencionou chamar de “aço verde”.
O professor da Esalq também falou sobre um “desafio a ser superado” pelo setor: ampliar a utilização de madeira proveniente da silvicultura, que responde por 51% do total – 49% ainda vem do extrativismo.
Há, de acordo com Brito, forte sinalização do Governo Federal no sentido de reduzir o desmatamento no setor siderúrgico de carvão vegetal, bem como das emissões de gases resultantes da carbonização. “Esse é outro desafio forte, pois 60% estão nas mãos dos pequenos produtores, que usam o chamado forno de ‘rabo quente’”, observou.
Fonte: Celulose Online
terça-feira, 29 de março de 2011
Pellet, o combustível da vez
Os pellets são uma fonte de energia renovável que não necessita de nenhum tipo de aditivo nem cola pois a matéria que liga o pellet é a lignina proveniente da própria madeira, a qual a grande pressão compacta o produto.
Os pellets podem ser usados na geração de energia elétrica (alimentando termoelétricas), em fornos a lenha , entre outros usos, substituindo o carvão, o diesel, o glp, etc.
Entre muitas de suas vantagens em relação a outros tipos de biomassa de madeira podemos citar o baixo custo de transporte e o seu alto poder calorífico.
As florestas para produção de pellets devem ser fomadas por clones específicos (já que não serve para celulose devido ao alto teor de lignina), o plantio deverá ser adensado (mais plantas por hectare) e seu ciclo é menor (a colheita é realizada entre 2 e 3 anos).
quinta-feira, 3 de março de 2011
Paricá
O Paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum), também conhecido como guapuruvu, faveira, entre outros, é uma madeira de fácil secagem, abundância de sementes, desrama natural, elevada taxa de crescimento no campo e por todos esses motivos tem gerado muito interesse de empresas e produtos rurais, principalmente do Pará.

Texto original: Carolina Zoéga e Souza

Sua madeira leve, de boa trabalhabilidade, textura média, de coloração clara e branca, é indicada para a construção de forros, palitos e canoas, podendo ser utilizada também para a produção de celulose, pois é de fácil branqueamento. Sua madeira é macia, ideal para laminação, sendo também utilizada para a fabricação de compensados e pisos.
Quanto vale?*
-Madeira em pé: R$50,00/m3
- Compensado: R$335,00/m3
- Forro: R$25,00/m2
- Lâmina verde: R$550,00/ m3
- Lâmina seca: R$660,00/m3
*preços desatualizados
Texto original: Carolina Zoéga e Souza
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Novo programa do IPEF estudará estresses ambientais
Um dos desafios do setor de florestas plantadas é explorar a máxima produtividade das plantações clonais de eucalipto e um dos fatores limitantes são os estresses ambientais.
Na silvicultura brasileira, os estresses hídrico e térmico são os mais frequentes, fato constatado nos experimentos do Programa Brasil Eucalyptus Produtividade Potencial (BEPP), que quantificou as taxas de crescimento do eucalipto em oito sítios do Brasil, observando a influência de fatores como balanço de carbono, nutrição e água na sua produtividade. O BEPP concluiu que o fator mais limitante à produtividade do eucalipto é o déficit hídrico.
Para aprofundar essa constatação, o IPEF está lançando o Programa Tolerância de Eucalyptus Clonais aos Estresses Hídrico e Térmico (TECHS), que irá estudar os aspectos ecofisiológicos que interferem na tolerância do eucalipto a esses dois estresses ambientais nos principais clones de Eucalyptus do Brasil.
Esses principais materiais genéticos serão submetidos a situações naturais (variabilidade regional) e controláveis (controle local) de estresses. Prevê-se que já no próximo ano, os clones serão instalados em vários sítios experimentais de norte a sul do Brasil, o que propicia a observação do ponto de vista térmico, já que haverá clones em climas diferenciados, incluindo áreas de geada.
Adaptado de: IPEF Express
Na silvicultura brasileira, os estresses hídrico e térmico são os mais frequentes, fato constatado nos experimentos do Programa Brasil Eucalyptus Produtividade Potencial (BEPP), que quantificou as taxas de crescimento do eucalipto em oito sítios do Brasil, observando a influência de fatores como balanço de carbono, nutrição e água na sua produtividade. O BEPP concluiu que o fator mais limitante à produtividade do eucalipto é o déficit hídrico.
Para aprofundar essa constatação, o IPEF está lançando o Programa Tolerância de Eucalyptus Clonais aos Estresses Hídrico e Térmico (TECHS), que irá estudar os aspectos ecofisiológicos que interferem na tolerância do eucalipto a esses dois estresses ambientais nos principais clones de Eucalyptus do Brasil.
Esses principais materiais genéticos serão submetidos a situações naturais (variabilidade regional) e controláveis (controle local) de estresses. Prevê-se que já no próximo ano, os clones serão instalados em vários sítios experimentais de norte a sul do Brasil, o que propicia a observação do ponto de vista térmico, já que haverá clones em climas diferenciados, incluindo áreas de geada.
Adaptado de: IPEF Express
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Adição de fertilizante em herbicida-estudo
Ao lidarem com plantas daninhas, muitos agricultores costumam misturar dois fertilizantes ao herbicida glyphosate, a uréia e o sulfato de amônio, para aumentar a eficiência do produto. Em geral, essa adição tem sido realizada de forma empírica, mas uma pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), disponível para consulta no Portal de Teses da USP, mostrou que as duas substâncias, em especial o sulfato de amônio, apresentam efeitos positivos para controle de algumas espécies.
As experiências em campo e em casa de vegetação mostraram que, apesar de a combinação dos dois fertilizantes ter efeitos benéficos, o sulfato de amônio apresenta maiores vantagens. “Ele facilita a absorção celular do herbicida e atrasa a cristalização da gota sobre as folhas”, conta o agrônomo. “Isoladamente, sua ação positiva foi mais consistente e ocorreu com mais frequência do que no caso da ureia”. Durante a pesquisa, foram verificadas quais espécies daninhas são melhor controladas pela presença de fertilizante misturado ao herbicida. “Em alguns casos, verificou-se ausência de efeitos, o que aconteceu com o apaga-fogo, a trapoeraba e o capim-braquiaria”, relata o agrônomo. “Essa informação é importante pois ajuda a racionalizar o uso da tecnologia de controle de plantas daninhas”.
Não foram verificados efeitos negativos em nenhuma espécie. No capim-massambará, capim-amargoso e corda de viola, a presença da ureia e do sulfato de amônio favoreceu a ação do glyphosate. “Tratam-se de espécies mais problemáticas para os agricultores”, diz Carvalho. “Nesses casos, os fertilizantes obtiveram melhores resultados”.
De acordo com o agrônomo, a pesquisa poderá reduzir o efeito empírico na aplicação do herbicida, racionalizando o controle de espécies daninhas. “Ao mesmo tempo, é recomendada a substituição da ureia pelo sulfato de amônio, já que este fertilizante apresentou maiores benefícios”, acrescenta. “Também deve ser dada maior atenção à qualidade da água usada no preparo da calda com o herbicida”.
As experiências em campo e em casa de vegetação mostraram que, apesar de a combinação dos dois fertilizantes ter efeitos benéficos, o sulfato de amônio apresenta maiores vantagens. “Ele facilita a absorção celular do herbicida e atrasa a cristalização da gota sobre as folhas”, conta o agrônomo. “Isoladamente, sua ação positiva foi mais consistente e ocorreu com mais frequência do que no caso da ureia”. Durante a pesquisa, foram verificadas quais espécies daninhas são melhor controladas pela presença de fertilizante misturado ao herbicida. “Em alguns casos, verificou-se ausência de efeitos, o que aconteceu com o apaga-fogo, a trapoeraba e o capim-braquiaria”, relata o agrônomo. “Essa informação é importante pois ajuda a racionalizar o uso da tecnologia de controle de plantas daninhas”.
Não foram verificados efeitos negativos em nenhuma espécie. No capim-massambará, capim-amargoso e corda de viola, a presença da ureia e do sulfato de amônio favoreceu a ação do glyphosate. “Tratam-se de espécies mais problemáticas para os agricultores”, diz Carvalho. “Nesses casos, os fertilizantes obtiveram melhores resultados”.
De acordo com o agrônomo, a pesquisa poderá reduzir o efeito empírico na aplicação do herbicida, racionalizando o controle de espécies daninhas. “Ao mesmo tempo, é recomendada a substituição da ureia pelo sulfato de amônio, já que este fertilizante apresentou maiores benefícios”, acrescenta. “Também deve ser dada maior atenção à qualidade da água usada no preparo da calda com o herbicida”.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
ZEE da Amazônia em consulta pública
O Macrozoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) da Amazônia é um instrumento fundamental de planejamento e gestão ambiental e territorial estabelecido na Política Nacional do Meio Ambiente. Sua principal proposta é promover a transição do padrão econômico atual para um modelo de desenvolvimento sustentável na região, capaz de contemplar as diferentes realidades e prioridades de territórios da Amazônia. Um novo modelo de exploração dos recursos naturais e do uso do solo da região amazônica é o que propõe o documento-base do Macro ZEE da Amazônia disponibilizado para consulta pública na internet. O prazo final para as sugestões a serem feitas pela sociedade civil vai até 06 de março. O texto aborda os desafios desta transição e indica estratégias de adequações de diferentes setores da economia, como o energético e mineral, o planejamento integrado de infra-estrutura e logística, bem como o territorial rural e urbano, proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos, agricultura e mudanças climáticas na Amazônia. O Macro ZEE indica um conjunto de dez estratégias gerais para toda a Amazônia: reorganização e regularização fundiária; reconhecimento das territorialidades dos povos de comunidades tradicionais e indígenas e fortalecimento das cadeias de produtos da sociobiodiversidade; fortalecimento e criação de novas unidades de conservação; planejamento integrado da infra estrutura e da logística (cada obra a ser construída deve levar em consideração toda a região e os fatores econômicos e sociais das comunidades nela presentes) e contenção da expansão da agropecuária sobre ambientes vulneráveis e aqueles considerados importantes para a manutenção de recursos hídricos e da biodiversidade. Os outros cinco pontos recomendados são o fortalecimento das redes de cidades localizadas na borda do “coração florestal” (onde serão criadas as condições para formação de recursos humanos e desenvolvimento da produção regional focada na bioprodução); das políticas públicas para pesca e aquicultura sustentáveis; organização de pólos industriais; exploração da mineração e energia de forma a sanar o passivo ambiental e valorizar o preço do produto na própria região e revolução científica e tecnológica para promoção do uso sustentável dos recursos naturais. O documento preliminar pode ser acessado no site do Ministério do Meio Ambiente. Os interessados em contribuir com críticas e propostas devem preencher o formulário que consta no site, que pode ser enviado pela internet, correio ou ser entregue diretamente no MMA.
Fonte: InforMMA.
Fonte: InforMMA.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Briquetes
O Briquete é uma fonte concentrada e comprimida de material energético, podendo este ser qualquer biomassa vegetal, ou finos de carvão misturado a algum tipo de adesivo. Os briquetes de biomassa dispensam qualquer tipo de adesivo, devido ao poder plástico da lignina que, como pressão e calor, se molda em nova forma. Briquetes de finos de carvão são feitos usando também adesivos, porque carvão é contituido de arranjos cristalinos de carbono e não possuem mais a lignina. Podem ser usados quaisquer tipos de adesivos, como os de origem animal, vegetal e também os minerais.

O briquete é uma lenha ecológica (reciclada) que é resultado do processo de secagem e prensagem de serragem ou pó dos mais diversos tipos de madeira substituindo com inúmeras vantagens a lenha convencional na sua totalidade, sem a necessidade de qualquer modificação no equipamento, (fornos, caldeiras, etc).
Com a compactação dos resíduos de biomassa é obtido um produto que apresenta fácil manipulação, baixa umidade, grande capacidade de armazenagem, alta densidade energética e, portanto viável economicamente para ser transportado em longas distâncias. Os briquetes possuem alto poder calorífico e regularidade térmica, gerando menos fumaça e maior eficiência durante a combustão.

Vantagens da utilização do briquete
Vendido em sacos de ráfia, garante uma maior higiene. Trata-se de um produto ecologicamente correto, com as seguintes vantagens em sua utilização:
• Menor custo direto e indireto;
• Reduz o impacto negativo sobre as florestas nativas para a retirada da lenha;
• Menor mão-de-obra no manuseio;
• Podem ser usados em caldeiras, lareiras, padarias, pizzarias, cerâmicas e outros;
• São produzidos em tamanhos padrões;
• São fornecidos em embalagens padronizadas, uma tonelada de briquete substitui de 6 à 8 m³ de lenha;
• Menor umidade: o briquete tem até 10%, a lenha possui até 50% de umidade;
• Poder calorífico de 2.5 vezes maior do que o da lenha comum apresentando regularidade térmica e maior temperatura da chama;
• Espaço de armazenagem reduzido, possibilitando assim a manutenção de estoques reguladores e de emergência;
• Devido à baixa umidade a temperatura se eleva rapidamente, produzindo menos fumaça, cinzas, e fuligem em relação à lenha;
• Não danifica a fornalha no manuseio de abastecimento;
• É liberado pelo IBAMA dispensando licença;
• Produto 100% reciclado;
• Produto disponível o ano inteiro;
• O Briquete é vendido por peso certo. Já a lenha é comercializada por m³, o que permite perdas devido aos espaços vazios em seu empilhamento;
• Menor índice de poluição pois é um combustível renovável;
Adaptado de: Mundo Sustentável

O briquete é uma lenha ecológica (reciclada) que é resultado do processo de secagem e prensagem de serragem ou pó dos mais diversos tipos de madeira substituindo com inúmeras vantagens a lenha convencional na sua totalidade, sem a necessidade de qualquer modificação no equipamento, (fornos, caldeiras, etc).
Com a compactação dos resíduos de biomassa é obtido um produto que apresenta fácil manipulação, baixa umidade, grande capacidade de armazenagem, alta densidade energética e, portanto viável economicamente para ser transportado em longas distâncias. Os briquetes possuem alto poder calorífico e regularidade térmica, gerando menos fumaça e maior eficiência durante a combustão.

Vantagens da utilização do briquete
Vendido em sacos de ráfia, garante uma maior higiene. Trata-se de um produto ecologicamente correto, com as seguintes vantagens em sua utilização:
• Menor custo direto e indireto;
• Reduz o impacto negativo sobre as florestas nativas para a retirada da lenha;
• Menor mão-de-obra no manuseio;
• Podem ser usados em caldeiras, lareiras, padarias, pizzarias, cerâmicas e outros;
• São produzidos em tamanhos padrões;
• São fornecidos em embalagens padronizadas, uma tonelada de briquete substitui de 6 à 8 m³ de lenha;
• Menor umidade: o briquete tem até 10%, a lenha possui até 50% de umidade;
• Poder calorífico de 2.5 vezes maior do que o da lenha comum apresentando regularidade térmica e maior temperatura da chama;
• Espaço de armazenagem reduzido, possibilitando assim a manutenção de estoques reguladores e de emergência;
• Devido à baixa umidade a temperatura se eleva rapidamente, produzindo menos fumaça, cinzas, e fuligem em relação à lenha;
• Não danifica a fornalha no manuseio de abastecimento;
• É liberado pelo IBAMA dispensando licença;
• Produto 100% reciclado;
• Produto disponível o ano inteiro;
• O Briquete é vendido por peso certo. Já a lenha é comercializada por m³, o que permite perdas devido aos espaços vazios em seu empilhamento;
• Menor índice de poluição pois é um combustível renovável;
Adaptado de: Mundo Sustentável
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Desmatamento - reflexão
"O desmatamento continua sendo uma das principais preocupações de nossa época. De 2000 a 2006 foram desmatados 13 milhões de hectares por ano no mundo todo. As plantações florestais e a expansão natural das florestas contribuíram para reduzir a perda anual para 7,3 milhões de hectares no período, uma taxa ainda inaceitável.
O mundo tem 3,95 bilhões de hectares de florestas e a produção mundial de madeira é de 3,5 bilhões de m³ / ano, dos quais 47% para fins industriais. Parcela significativa dessa produção é atendida por florestas plantadas, cuja participação é crescente, da mesma forma que no comércio mundial de produtos florestais. Nesse cenário, as florestas plantadas estão assumindo, cada vez mais, funções não apenas de produção, mas também de provisão de serviços ambientais e sociais." Fonte:SBS
O mundo tem 3,95 bilhões de hectares de florestas e a produção mundial de madeira é de 3,5 bilhões de m³ / ano, dos quais 47% para fins industriais. Parcela significativa dessa produção é atendida por florestas plantadas, cuja participação é crescente, da mesma forma que no comércio mundial de produtos florestais. Nesse cenário, as florestas plantadas estão assumindo, cada vez mais, funções não apenas de produção, mas também de provisão de serviços ambientais e sociais." Fonte:SBS
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Reflexão - sistemas silviculturais
"Existem vários sistemas silviculturais que podem ser utilizados de acordo com os diferentes produtos da floresta. O sistema silvicultural adotado determina a distribuição das idades das árvores, ou seja, a estrutura do povoamento.
Segundo Matthews (1996) os sistemas silviculturais representam o processo de condução das florestas, exploração e regeneração, dentro dos quais pode se estabelecer diferentes regimes de manejo, de acordo com cada tipo de produto que se quer obter: alto fuste e talhadia, nos quais se aplicam sistemas de exploração caracterizados por corte raso e desbastes, onde se pode utilizar de trato cultural caracterizado como desrama.
No manejo do alto fuste são necessários apenas tratos culturais à formação da floresta (preparo do solo, plantio, irrigação, adubação, controle de pragas, doenças e da mato-competição) e obtém-se normalmente somente um produto com o corte raso da floresta. Entretanto, para formação de florestas visando diversos produtos, faz-se necessário o uso de outras técnicas que permitirão a obtenção de madeira com maior valor agregado. Esse maior valor é obtido com melhorias da qualidade da madeira que depende de três fatores: forma da árvore, dimensões e características físicas. Isto é, estes efeitos podem ser resumidos na obtenção de toras com maior diâmetro e livre de nós, em que é necessário o manejo adequado da floresta através das práticas de desrama e desbaste."
Mais informações: IPEF
Segundo Matthews (1996) os sistemas silviculturais representam o processo de condução das florestas, exploração e regeneração, dentro dos quais pode se estabelecer diferentes regimes de manejo, de acordo com cada tipo de produto que se quer obter: alto fuste e talhadia, nos quais se aplicam sistemas de exploração caracterizados por corte raso e desbastes, onde se pode utilizar de trato cultural caracterizado como desrama.
No manejo do alto fuste são necessários apenas tratos culturais à formação da floresta (preparo do solo, plantio, irrigação, adubação, controle de pragas, doenças e da mato-competição) e obtém-se normalmente somente um produto com o corte raso da floresta. Entretanto, para formação de florestas visando diversos produtos, faz-se necessário o uso de outras técnicas que permitirão a obtenção de madeira com maior valor agregado. Esse maior valor é obtido com melhorias da qualidade da madeira que depende de três fatores: forma da árvore, dimensões e características físicas. Isto é, estes efeitos podem ser resumidos na obtenção de toras com maior diâmetro e livre de nós, em que é necessário o manejo adequado da floresta através das práticas de desrama e desbaste."
Mais informações: IPEF
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Estudo avalia taxas de respiração de eucalipto clonal no Brasil
A respiração do lenho de um clone de Eucalyptus grandis x urophylla do Brasil foi significativamente menor do que medições efetuadas em E. saligna seminal do Havaí. Isto talvez possa explicar parte da superioridade de produtividade das plantações brasileiras, uma vez que a respiração “consome” parte da fotossíntese efetuada pelas florestas. Essa foi a conclusão do artigo científico “Wood CO2 efflux and foliar respiration for Eucalyptus in Hawaii and Brazil”,que trata da respiração de Eucalyptus e sua importância para a produtividade florestal.
O IPEF apoiou a realização do estudo de autoria de Mike Ryan, da Colorado State University e do USDA Forest Service (EUA), e contou com a colaboração dos pesquisadores Molly A. Cavaleri, da Michigan Technological University (EUA), Auro C. Almeida, do CSIRO Sustainable Ecosystems (Austrália), Ricardo Penchel da Fibria (Brasil), Randy S. Senock, da California State University (EUA) e de José Luiz Stape, da North Carolina State University (EUA) e coordenador do programa cooperativo Brasil Eucalyptus Produtividade Potencial (BEPP). O projeto teve tambem apoio da . National Science Foundation e da Fibria.
De acordo com o artigo, as taxas de respiração do tronco do clone da Fibria, são de 8 a 10 vezes menores do que as plantações E. saligna do Havaí, o que podeser devido à diferenças fisiológicas ou a artefatos da porosidade da casca: “Assim é necessário mais avaliações de clones do Brasil para uma conclusão definitiva”, explicou José Luiz Stape . Quanto à respiração foliar noturna dessas espécies, o trabalho mostrou semelhanças entre os clones brasileiros e as espécies do Havaí, quando se considera as taxas de nitrogênio foliar. Esta constatação facilita as estimativas em torno da respiração foliar ocorrida na copa do eucalipto. A respiração foliar é um dos componentes mais importantes do ciclo de carbono nos ecossistemas florestais.
As análises dos clones brasileiros foram feitas por meio do BEPP que é um dos programas cooperativos do IPEF e estuda os fatores silviculturais e ambientais que determinam o crescimento das plantações de Eucalyptus e seu potencial produtivo. Mike Ryan, que participa das pesquisas, considera que os experimentos do programa têm ultrapassado os objetivos originais. “Aplicar o mesmo experimento em vários locais foi uma experiência muito valiosa, pois isso garantiu que tenhamos fonte de dados que poderão ser usados por muitos anos”, comenta. O americano também participa das pesquisas do PPPIB e EUCFLUX e destacou a importância dessa troca de experiência com os brasileiros: “A minha relação com os pesquisadores do IPEF é excelente, eles têm linhas de pesquisa muitointeressantes e creio que minhas idéias podem contribuir. O intercâmbio científico que envolve esse tipo de trabalho é enriquecedor”, afirmou. Ryan também sugeriu algumas ações para aprimorar o projeto BEPP e PPPIB: “Seria importante contar com um engenheiro que trabalhasse integralmente na coordenação dos estudos, na quantificação e no arquivamento dos dados.”, destacou Ryan.
O IPEF apoiou a realização do estudo de autoria de Mike Ryan, da Colorado State University e do USDA Forest Service (EUA), e contou com a colaboração dos pesquisadores Molly A. Cavaleri, da Michigan Technological University (EUA), Auro C. Almeida, do CSIRO Sustainable Ecosystems (Austrália), Ricardo Penchel da Fibria (Brasil), Randy S. Senock, da California State University (EUA) e de José Luiz Stape, da North Carolina State University (EUA) e coordenador do programa cooperativo Brasil Eucalyptus Produtividade Potencial (BEPP). O projeto teve tambem apoio da . National Science Foundation e da Fibria.
De acordo com o artigo, as taxas de respiração do tronco do clone da Fibria, são de 8 a 10 vezes menores do que as plantações E. saligna do Havaí, o que podeser devido à diferenças fisiológicas ou a artefatos da porosidade da casca: “Assim é necessário mais avaliações de clones do Brasil para uma conclusão definitiva”, explicou José Luiz Stape . Quanto à respiração foliar noturna dessas espécies, o trabalho mostrou semelhanças entre os clones brasileiros e as espécies do Havaí, quando se considera as taxas de nitrogênio foliar. Esta constatação facilita as estimativas em torno da respiração foliar ocorrida na copa do eucalipto. A respiração foliar é um dos componentes mais importantes do ciclo de carbono nos ecossistemas florestais.
As análises dos clones brasileiros foram feitas por meio do BEPP que é um dos programas cooperativos do IPEF e estuda os fatores silviculturais e ambientais que determinam o crescimento das plantações de Eucalyptus e seu potencial produtivo. Mike Ryan, que participa das pesquisas, considera que os experimentos do programa têm ultrapassado os objetivos originais. “Aplicar o mesmo experimento em vários locais foi uma experiência muito valiosa, pois isso garantiu que tenhamos fonte de dados que poderão ser usados por muitos anos”, comenta. O americano também participa das pesquisas do PPPIB e EUCFLUX e destacou a importância dessa troca de experiência com os brasileiros: “A minha relação com os pesquisadores do IPEF é excelente, eles têm linhas de pesquisa muitointeressantes e creio que minhas idéias podem contribuir. O intercâmbio científico que envolve esse tipo de trabalho é enriquecedor”, afirmou. Ryan também sugeriu algumas ações para aprimorar o projeto BEPP e PPPIB: “Seria importante contar com um engenheiro que trabalhasse integralmente na coordenação dos estudos, na quantificação e no arquivamento dos dados.”, destacou Ryan.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Terceirização
"A terceirização da implantação, da manutenção e da colheita florestal ganhou importância nos últimos anos. De um lado, as empresas tomadoras desses serviços deixam de imobilizar capital em máquinas e equipamentos e passam a focar na gestão do negócio florestal. De outro lado, as prestadoras de serviços assumem os processos operacionais com foco na gestão da produção e do abastecimento. Neste modelo não cabe, simplesmente, transferir responsabilidades e reduzir custos. Além de agilidade e especialização requeridas para os procedimentos operacionais, os terceiros necessitam assegurar qualidade e melhorias contínuas. Isto é possível na medida em que haja capacitação desses novos profissionais mediante efetiva parceria com os tomadores de serviços. O patrimônio florestal, os recursos humanos e a tecnologia desenvolvida exigem que os preceitos de responsabilidade ambiental e social sejam incorporados e compartilhados para possibilitar a sustentabilidade da parceria."
Fonte: Banco de dados SBS.
Fonte: Banco de dados SBS.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Produtos não madeireiros
"Nem só da exploração da madeira vive a silvicultura. Os produtos não-madeireiros constituem um mundo à parte e não menos importante. Dentre eles destacam-se os óleos essenciais, extraídos tanto de árvores nativas quanto da floresta plantada, e que abastecem, principalmente, as indústrias de medicamentos e de perfumaria. No caso das espécies introduzidas, o eucalipto é o grande destaque, com plantios organizados e empresas fortemente estabelecidas. No Brasil, o eucalipto da espécie citriodora é o que possui maior expressão comercial. Da destilação das suas folhas obtém-se o óleo usado como aromatizante ambiental.
O Brasil é o maior produtor de óleo essencial de eucalipto, com 1.300 toneladas por ano. Desse volume, 40% é destinado para exportação. A atividade é desenvolvida por pequenas e médias destilarias, que exploram em torno de 10 mil hectares de florestas e geram aproximadamente 10 mil empregos. São Paulo, Minas Gerais e Bahia são os principais estados produtores. A movimentação financeira fica em cerca de US$ 4 milhões, metade devido às vendas externas."
Adaptado de: Prof. José Otávio Brito – ESALQ/USP, em Anuário Brasileiro da Silvicultura – 2008
O Brasil é o maior produtor de óleo essencial de eucalipto, com 1.300 toneladas por ano. Desse volume, 40% é destinado para exportação. A atividade é desenvolvida por pequenas e médias destilarias, que exploram em torno de 10 mil hectares de florestas e geram aproximadamente 10 mil empregos. São Paulo, Minas Gerais e Bahia são os principais estados produtores. A movimentação financeira fica em cerca de US$ 4 milhões, metade devido às vendas externas."
Adaptado de: Prof. José Otávio Brito – ESALQ/USP, em Anuário Brasileiro da Silvicultura – 2008
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Reflexão: Eucalipto seca o solo?
Durante três anos (2005 a 2007) em uma microbacia hidrográfica com eucalipto na região de Cocais – município de Antônio Dias / MG – foram quantificadas todas as entradas e saídas de água. Os resultados do estudo mostraram que a precipitação pluviométrica anual (chuva) foi de 1299,0 mm. Deste total, 57,1% (741,0 mm) foram utilizados pelo eucalipto no processo de transpiração (que é a transferência de água do solo para atmosfera a partir da absorção pelo sistema radicular das plantas), 9,8% (128,0 mm) foram evaporados (evaporação é a transferência direta de água da superfície das plantas e do solo para a atmosfera). Entre 0,5 a 1,3% (16,9 mm) foram escoados diretamente da superfície do solo e 31,8% (414,0 mm) infiltraram no solo e reabasteceram o curso d´água. A interpretação das informações obtidas permite concluir que na região de Cocais o eucalipto não consome muita água. A transpiração de 741,0 mm anuais ou 2,3 mm por dia é semelhante a de outras espécies florestais e espécies agrícolas perenes. Do mesmo modo que a evapotranspiração (soma da transpiração com a evaporação), que foi de 869,0 mm ou 2,38 mm por dia. Também é possível afirmar que, na região estudada, o eucalipto não seca o solo, pois houve um excedente de 414,0 mm por ano (31,8% da chuva incidente). Este excedente não utilizado pelas plantas ao longo do ano foi reabastecer o curso d´água. Além disso, a variação máxima observada na vazão do riacho foi de 8,0% no período estudado, indicando que o sistema de reabastecimento do riacho estava bem regulado. Fonte: IPEF Notícias.

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