quarta-feira, 27 de maio de 2009

Reflexão

"Nos dias atuais estamos iniciando um novo ciclo! Começa a fazer parte obrigatória das discussões setoriais os efeitos da crise internacional e os desdobramentos sobre as atividades silviculturais. Independente de qualquer discussão, já se dá como certa a paralisação de inúmeros programas de plantio, de reformas, de fomento, etc. Em menor escala, até os programas de colheita de algumas empresas estão diminuindo suas cotas , alterando áreas de corte para menores distâncias, mesmo que essas alterações impliquem na redução da idade de corte. Tudo pela redução de custos! Vamos passar a consumir os estoques, mas sem a devida reposição! O setor não vai acabar, e sempre será possível alguns remanejamentos na condução das florestas para minimizar os impactos. Ainda bem! Só não será possível fazer surgir a madeira desses milhões de árvores que deixarão de ser plantadas. A um determinado tempo, quando a economia se equilibrar e as produções industriais partirem para alcançar os festejados recordes de produção, com certeza, essa madeira vai fazer falta, e a bola da vez voltará a ser o apagão florestal! E será uma situação muito mais complicada que a anterior, pois não temos mais aqueles estoques marginais, nem a 1000 km de distância para serem adquiridos. É muito difícil adivinhar a época da gritaria, mas, com certeza, os gritos e reclamações virão. Talvez de outros, que não terão nada a ver com essas decisões de paralisar as atividades silviculturais! Seguramente, ouviremos as mesmas lamúrias que estamos cansados de ouvir: falta de atitude dos governantes, falta de mecanismos de estímulo, burocracia, insensibilidade , falta disso ou daquilo. Poderá surgir até quem reclame da inoperância de algum novo Ministério, que poderá estar abrigando a atividade, lá na frente! Tudo poderá acontecer, mas a única certeza que se tem é que poucos irão se lembrar dos responsáveis pelas paralisações que estão acontecendo, e que não estão dando a menor importância para as encrencas que virão no futuro!"
Fonte: Nelson Barboza Leite - Conselho Consultivo da SBS.

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