sexta-feira, 27 de março de 2009

Planejamento - 1

O planejamento é a elaboração por etapas, com bases técnicas, de planos e programas com objetivos bem definidos. É a arte e a ciência de projetar, em uma base racional, cursos futuros de ação para indivíduos, grupos ou corporações , e sua implementação efetiva requer o uso combinado de medidas quantitativas e qualitativas.

Na colheita florestal, o planejamento é realizado conforme as peculiaridades de cada empresa. sendo sua eficiência essencial aos gestores da área, visando à otimização das operações, principalmente na melhoria da qualidade do produto e serviço, minimização dos impactos ambientais, melhorias da condições de saúde e segurança dos trabalhadores, aumento de produtividade e redução dos custos, de forma a abordar todos os fatores que possam interferir nas operações, buscando antecipar os problemas que normalmente as afetam.

Adaptado de : Colheita Florestal - Machado, C.C.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Curso de Engenharia Florestal - UnB

O estudante de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília recebe formação em várias áreas, como conservação e preservação de ecossistemas, recuperação de áreas degradadas, melhoramento genético, tecnologia da madeira, sensoriamento remoto e gestão de bacias hidrográficas.

Além de adquirir conhecimento para atuar em cada um desses ramos, o aluno da UnB tem a formação voltada, principalmente, para o estudo da recuperação de áreas degradadas. No caso do Centro-Oeste e, principalmente, do Distrito Federal a responsabilidade de estudar o Cerrado cai sobre o único curso de Engenharia Florestal da região.

Saídas de campo colocam o futuro engenheiro florestal em contato direto com o que resta da vegetação nativa do Centro-Oeste. Os alunos dispõem de um viveiro florestal com três hectares, 300 hectares de área reflorestada e cerca de 4 mil hectares destinados a experimentos e trabalhos de proteção, conservação e preservação do cerrado.

Extração Florestal

A operação de extração refere-se à movimentação da madeira desde o local de corte até a estrada, o carreador ou o pátio intermediário . Existem vários sinônimos para esta operação, muitas vezes dependendo do modo como ela é realizada ou do tipo de equipamento utilizado, podendo ser citados os mais comuns, como baldeio, arraste, encoste e transporte primário.

A extração da madeira é um dos pontos críticos da colheita florestal e exige planejamento detalhado da operação, de maneira a empregar os equipamentos próprios dentro do sistema mais indicado de trabalho. Para isso, os fatores de influência têm de ser corretamente avaliados, apresentando os respectivos pesos de importância a cada um, sendo eles: densidade do talhão, topografia, tipo de solo, volume por árvore e distância de transporte.
Adaptado de: Colheita florestal - Machado, C.C.

Saudações Florestais!

domingo, 22 de março de 2009

Análise cronológica das intervenções silviculturais

A manutenção da competitividade do produto florestal depende em grande parte das práticas silviculturais adotadas e de sua eficácia para garantir a produtividade. Assim, cada intervenção realizada na floresta deve contribuir para o incremento na produtividade, e a complexidade e logística desta decisão deve ser bem conhecida.

A análise cronológica atende às empresas que tradicionalmente avaliam as atividades silviculturais no momento de sua ocorrência sendo, então, a oportunidade de detectar quando as operações estão ocorrendo, sua frequência e qual a sua aderência, ou não, às normas da empresa, potencializando ao máximo cada atividade, que ocorrerá o menor número de vezes mantendo o sinergismo com as demais operações que a precedem ou a sucedem.

Este projeto foi desenvolvido na Aracruz Celulose S.A. no meu estágio de conclusão de curso, e para ele foram selecionadas 44 atividades silviculturais a partir de sua significativa ocorrência no ano de 2007.

Os resultados são mostrados na forma de histogramas que apresentam: o percentual de ocorrências em cada intervalo de dias entre a realiazação da operação e o plantio.


Baseando-se nas informações de 204 talhões selecionados e analisados, se obteve uma Linha do Tempo Real das atividades silviculturais para o Manejo de Reforma, caracterizando assim as cronologias típicas da Aracruz Celulose.

A análise cronológica, portanto, mostra-se como um instrumento para verificação da particularidades regionais e da qualidade das operações com potecial em gerar indicadores de qualidade aos analistas, logo, auxiliando no planejamento financeiro e operacional.

Legislação Ambiental - 3

Ainda definindo APP (área de preservação permanente) sob a ótica do Código Florestal Brasileiro...

Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:

a) A atenuar a erosão das terras;

b) A fixar as dunas;

c) A formar as faixas de proteção ao longo das rodovias e ferrovias;

d) A auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares;

e) A proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;

f) A asilar exemplares da fauna ou flora ameaçadas de extinção;

g) A manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;

h) A assegurar condições de bem estar público.

sábado, 21 de março de 2009

Colheita Florestal

Em virtude da grande demanda de mão de obra, do alto risco de acidentes, baixa produtividade e dos custos operacionais, é que o processo de mecanização florestal tornou-se fundamental para as empresas, principalmente na etapa de colheita e extração florestal, que chegam a representar 50% dos custos totais da floresta.

Esse incremento da mecanização das operações florestais, possibilitou ao Brasil manter-se competitivo no mercado internacional de produtos florestais, devido ao rendimento alcançado pelos equipamentos utilizados nas operações de colheita de madeira e a possibilidade de trabalho ininterrupto em turnos que abrangem 24 horas diárias.

O que diferencia uma empresa da outra é o nível de mecanização, pois algumas adotam sistemas totalmente mecanizados e outras utilizam-nos em apenas parte do processo. No futuro, os grandes desafios a serem enfrentados pela colheita de madeira serão:

  • qualificação de mão de obra (as novas máquinas possuem intruções em inglês e manutenção diferencianda e dependem de treinamento para serem operadas aproveitando todo seu potencial);
  • garantia de assistência técnica e peças de reposição;
  • procedimentos ambientalmente corretos exigidos nos processos de certificação;
  • manutenção ou aumento da produtividade das florestas.


Dados da SBS e Colheita Florestal - Machado, C. C.(adaptado)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Curso de Engenharia Florestal - UFRB

O perfil do egresso: o Engenheiro Florestal da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFBR) deverá possuir formação científica, tecnológica, filosófica, ética, social e intelectual que o habilite a diagnosticar problemas e propor soluções em sua área de competência, bem como ser capaz de criar, gerenciar e executar empreendimentos relacionados aos ecossistemas florestais nativos e implantados, com compromissos no âmbito sócio-econômico e ambiental.

Saudações floresteiras!

Ergonomia aplicada ao trabalho - 3

Algumas soluções para melhorar o conforto dos trabalhadores:
  • utilizar dados antropométricos ao se desenvolver os espaços de trabalho;
  • alterar os turnos de trabalho para que o calor não seja fator limitante e que o trabalhador não seja levado ao esgotamento;
  • disponibilizar cabines com ar condicionado;
  • realizar manutenção períodica na máquinas a fim de reduzir os ruídos bem como ter protetores auriculares como item obrigatório dos EPI´s (equipamento de proteção individual);
  • desenvolvimento de máquinas com dispositivos antivibratórios bem como ter interrupções regulares e turnos diferenciados dos trabalhadores expostos às vibrações excessivas.

Adaptado de Colheita Florestal - Machado, C.C.

Legislação Ambiental - 2


Consideram-se de preservação permanente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:
  • De 30 metros para os cursos d'água de menos de 10 metros de largura;

  • De 50 metros para os cursos d'água que tenham de 10 a 50 metros de largura;

  • De 100 metros para os cursos d'água tenham de 50 a 200 metros de largura;

  • De 200 metros para os cursos d'água que tenham de 200 a 500 metros de largura;

  • De 500 metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 metros.

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;

c) Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 metros de largura;

d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;

e) Nas encostas ou partes destas com declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive;

f) Nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

g) Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais;

h) em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação.

Eucalipto - reflexão

"Com certa freqüência é questionada a preferência para o uso do eucalipto (uma espécie “exótica”!!!) como matéria-prima de fibra curta pela indústria brasileira de celulose. A resposta, praticamente óbvia, é de que, simplesmente, não há alternativa técnica e econômica para poucas espécies deste gênero que são aceitas pela indústria. Em situações ou ocasiões pontuais e especiais, outros gêneros foram tentados: Gmelina (de triste lembrança no megalomaníaco projeto do fim da década de 60) e Acacia, além de bagaço de cana-de-açúcar, palhas de cereais e alguns gêneros “nativos” como, por exemplo, Mimosa (bracatinga), etc. Em todos os casos, por problemas de ordem silvicultural/agrícola ou por não apresentarem, a nível industrial, um grande diferencial sobre o eucalipto, foram deixados para segundo plano. Por outro lado, com exceção da Araucaria, o nosso Pinheiro do Paraná, que não serve de referência porque fornece fibra longa, não foi encontrado, até o momento, um gênero nativo que pudesse competir com o eucalipto. Se tivesse aparecido tempos atrás, e sido aplicado todo arsenal de recursos humanos e financeiros na pesquisa e desenvolvimento, como utilizado para o eucalipto, teríamos outros “desertos verdes” de “nativas brasileiras”. Que paradoxo, não? "

Fonte: Prof. Luiz Ernesto George Barrichelo – IPEF Notícias.

Legislação Ambiental - 1

Segundo o Código Florestal:

Área de Preservação Permanente: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eventos de Abril

Packing Panorama 2009
Data: 1 e 2 de abril
Local: São Paulo - SP
Informações: http://www.auraeventos.com.br/

Feira da Floresta
Data: 22 a 25 de abril
Local: Gramado - RS
Informações: http://www.ageflor.com.br/

8th IWA Specialist Group Conference on Waste Stabilization Ponds
Data: de 26 a 30 de abril
Local: Belo Horizonte - MG
Informações: http://www.acquacon.com.br/ponds2009

II Seminário sobre Florestas Plantadas
Data: 28 a 30 de abril
Local: Diamantina - MG
Informações: http://www.fundaepe.org.br/

Ergonomia aplicada ao trabalho - 2

Algumas questões quanto ao conforto e segurança do trabalhador devem ser observadas, são elas:

Antropometria: é o estudo das medidas físicas do corpo humano. Em virtude disso, a ergonomia utiliza dados da antropometria para adaptar as medidas de espaços de trabalho (assentos,roupas, máquinas, ferramentas, etc) às medidas do corpo humano;

Clima do local de trabalho: o excesso de calor, situação comum no Brasil, causa desconforto no trabalho podendo aumentar os riscos de acidentes e provocar danos consideráveis à saúde. Pensando no conforto do trabalhador, devemos pensar então em fatores como a umidade relativa, temperatura e velocidade do ar;

Ruído: os efeitos do ruído no organismo humano são: perda da audição temporária ou permanente, efeitos fisiológicos e psicológicos (prejuízo para o estado de alerta, pertubação do sono,etc), decréscimo da produção em função dos ruídos que prejudicam a concentração mental, atenção, velocidade e precisão dos movimentos;

Vibração: seu efeito pode ser no corpo todo ou em partes, como mãos, braços, pés e pernas;

Iluminação: a inadequada iluminação do local de trabalho contribui para o aumento de fadiga visual, incidência de erros e taxa de acidentes e para uma negativa influência psicológica sobre as pessoas.

Adaptado de : Colheita Florestal, Machado, C.C.

terça-feira, 17 de março de 2009

Colheita Florestal - Máquinas

As principais máquinas usadas nas diversas partes da colheita florestal são:

  • motosserra: pode realizar as atividades de abate, destopa, desgalhamento e traçamento, possui desvantagens ergonômicas,de segurança e possui baixa produtividade individual

  • Harvester: além do abate ele desgalha, destopa e faz o traçamento da madeira, podendo em alguns casos também descascar a árvore


  • Feller: corta e empilha a árvore, sem realizar qualquer outro processo, tendo por isso um maior rendimento árvores/horaque o Harvester

  • Feller buncher: cortador acumulador, o que o diferencia do Feller é sua função de acumular árvores com um braço acumulador,formando então feixes de árvores no talhão



  • Forwarder: com a função de realizar o baldeio da madeira (transporte de dentro do talhão para a margem da estrada) no sistema de toras curtas, possui uma grua hidraúlica e caçamba

  • Skidder: utilizado no sistema de toras longas ou árvores inteiras,o skidder realiza o arraste da madeira usando uma garra ouguincho

  • Clambunk Skidder:assim como o skidder, realiza o baldeio das árvores ou toras longa, porém utilizando se de uma grua parao carregamento e uma grua invertida sobre a qual é colocado o feixe de madeira

Espero ter dado uma boa resumida no assunto.

Saudações floresteiras!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Curso de Engenharia Florestal - UFPR

Com o intuito de formar profissionais capazes de proteger o meio ambiente, planejar, organizar e direcionar o uso de recursos florestais em benefício da sociedade, é que a Universidade Federal do Paraná (UFPR) proporciona aos alunos do curso de Engenharia Florestal além das aulas teóricas, a oportunidade de praticar os conhecimentos adquiridos, utilizando diversos laboratórios e três estações experimentais, onde são desenvolvidas as aulas práticas e os projetos de pesquisa.

Em relação à atuação profissional, o curso prepara o aluno para atuar em seis grandes áreas: Silvicultura, Proteção, Manejo, Conservação, Tecnologia de Produtos Florestais e Economia Florestal.

Interesse pelas ciências, agilidade, capacidade de adaptação a novas situações, capacidade de organização e de solucionar problemas práticos, curiosidade, senso prático, gosto pela pesquisa, pelo trabalho ao ar livre e contato com a natureza compõem o perfil do candidato. Também é preciso estar atento a detalhes, ser curioso, ter habilidade para trabalhar em equipe e demonstrar interesse por novas técnicas e tecnologias.

Cultivo mínimo - 3

Falar que cultivo mínimo é mais adequado e sustentável que o preparo convencional é fácil, mas vamos às suas principais vantagens em relação ao preparo intensivo (convencional):
  • manutenção ou melhoria das condições físicas do solo;
  • redução das perdas de nutrientes para o ecossistema;
  • elevação ou manutenção da atividade biológica do solo;
  • elevação ou manutenção da fertilidade do solo;
  • redução da infestação de plantas daninhas;
  • redução das despesas de implantação e reforma.

Manter o preparo de solo dentro do conceito de cultivo mínimo e garantir a qualidade das operações têm sido enormes desafios e têm requerido cada vez mais conhecimento sobre o solo, sobre o equipamento e sobre processos. Novos conceitos precisam ser pensados e novos critérios precisam ser estabelecidos para que a qualidade do preparo e a sustentabilidade do manejo florestal sejam garantidos.

Adaptado de: I Encontro Brasileiro de Silvicultura (Anais)

domingo, 15 de março de 2009

Ergonomia aplicada ao trabalho - 1

Um dos objetivos da ergonomia é a adaptação do trabalho ao ser humano.

Para executar qualquer tarefa com maior eficiência, o homem geralmente recorre a máquinas propriamente ditas ou quaisquer objetos ou ferramentas auxiliares. Desse modo, homem e máquina formam um todo, um complementando o outro, denominando o sistema ser humano-máquina. O desempenho desse sistema depende das características individuais do operador, como medidas antropométricas, idade, treinamento e motivação; das condições ambientais, por exemplo: iluminação, clima, ruído, vibração; e das características da máquina, ou seja, tamanho, potência e estado de conservação.

O funcionamento do sistema se dá com o operador recebendo as informações por meio de seus sistemas de percepção, seleciona-as e atua nos controles e comandos da máquina, para que esta execute o trabalho com bom desempenho.

A ergonomia, portanto, visa fazer com que a área de contato (interface) entre a pessoa e a máquina e a pessoa e o local de trabalho seja adequada, segura e confortável.

Sistemas de colheita florestal

Na fase de colheita de florestas de produção existem diferentes formas de processar a madeira, definindo assim, os sistemas de colheita da floresta conforme a necessidade final, sendo eles:
  • Sistema de toras curtas: a árvore é processada (traçada) no local da derrubada e as toras têm menos de 6 metros.

  • Sistema de toras longas: as toras têm mais de 6 metros de comprimento e a árvore é semiprocessada (é feito o destopamento e desgalhamento).

  • Sistemas de árvores inteiras: a árvore é derrubada e só é processada na margem da estrada ou no pátio intermediário.

  • Sistemas de árvores completas: a árvore é arrancada com parte do seu sistema radicular e é processada na margem da estrada ou no pátio intermediário

  • Sistema de cavaqueamento: a árvore é derrubada, processada e é levada para o pátio de estocagem ou diretamente para a fábrica na forma de cavacos.

Logo mais explico cada equipamento com direito a ilustrações!

Saudações floresteiras!

Texto adaptado de: Colheita Florestal- Machado, C.C.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Curso de Engenharia Florestal - UFV

A Universidade Federal de Viçosa (UFV), segundo seu site, preocupa-se em formar um Engenheiro Florestal habilitado a atuar em atividades relacionadas com: construções de madeira; silvimetria e inventário; recursos naturais renováveis; ecologia e defesa sanitária; propagação de espécies florestais; viveiros florestais; manejo de florestas para produção; desenvolvimento de processos tecnológicos, industrialização e comercialização de produtos florestais; solos de ecossistemas florestais; mecanização, colheita e transporte florestal; geoprocessamento e sensoriamento remoto; planejamento, administração, economia e crédito para fins florestais.

Estará capacitado, ainda, para atuar na perícia, planejamento, desenvolvimento e administração de programas ou projetos voltados para a: produção de florestas com fins comerciais; proteção da biodiversidade; manejo de bacias hidrográficas; recuperação de áreas degradadas; avaliação de impactos ambientais; ecoturismo; unidades de conservação; manejo de fauna silvestre; sistemas agroflorestais. Estará apto a atuar na pesquisa, na extensão e no ensino; e, como profissional autônomo, na prestação de assessoria, elaboração de laudos técnicos, bem como a ser um empreendedor.

Produtividade Florestal Brasileira

O Brasil ocupa hoje o sétimo lugar entre os países com os maiores plantios florestais, a maioria florestas de eucalipto (60%) e pinus (36%). As principais indústrias consumidoras são as de celulose e papel (30%), siderurgia (21%), madeira serrada (19%) e as de compensado e de painéis reconstituídos (10%).

Os elevados níveis de produtividade alcançados no Brasil pelas florestas de eucalipto, pinus, teca e outras espécies são devidos principalmente aos avanços tecnológicos e à sistematização do processo operacional adotado por empresas e produtores florestais.

Os ganhos tecnológicos originados, destacadamente, do melhoramento genético e da nutrição florestal, podem ser significativamente prejudicados se o sistema operacional envolvendo plantio, replantio, capinas, combate às pragas, doenças e outras atividades não acontecerem no momento oportuno e com qualidade. Á essa integração dos avanços tecnológicos com o planejamento e organização eficaz do processo operacional, é que se creditam as produtividades espetaculares alcançadas pela silvicultura brasileira.

Fonte: Dados da SBS e Colheita Florestal - Machado, C. C. (adaptado)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Uso da biomassa florestal

Um pouco sobre o (não) uso da biomassa florestal no Brasil...

Biomassa:recurso natural renovável para a geração de energia

Nosso País possui água e energia solar, ideais para o crescimento de muitas espécies arbóreas, o que nos coloca em posição de vantagem comparativa invejável.

Para uso da biomassa florestal como fonte de energia em grande escala em nosso País tem-se que vencer dois principais desafios. O primeiro é a produção da biomassa em escala, ou seja, a generalização de plantações florestais. Todavia, não dispomos de material propagativo em quantidade suficiente e na qualidade desejável. Assim, será preciso o desenvolvimento de tecnologias simples e baratas para disponibilizar aos produtores rurais além de sementes e mudas das espécies arbóreas mais adequadas às condições edafoclimáticas do nosso extenso território. O segundo problema a ser enfrentado é o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e sustentáveis na conversão da biomassa em energia.



Resíduos florestais passíveis de uso como biomassa

Além disso, deve-se desenvolver e adaptar outras tecnologias ainda não usadas ou em estado embrionário no país, como: compactação de biomassa florestal; produção de bio-óleo; celulignina; álcool e outros derivados de alto valor agregado. Estes produtos promovem o aumento da densidade energética da biomassa proporcionando, dentre outras vantagens, uma logística de transporte competitiva. O Brasil lidera a produção de biomassa florestal para várias finalidades graças ao enorme sucesso na silvicultura e melhoramento genético. Entretanto, quando se pretende expandir os plantios para outros biomas, existem limitações de sustentabilidade, zoneamento e de oferta de material propagativo adequado.

Fonte: Embrapa Florestas.

Consumo de água do Eucalipto

O consumo de água de uma plantação de crescimento rápido, como o eucalipto, é equivalente ao da mata nativa.

Análises realizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) demonstram que a cultura de eucalipto consome praticamente o mesmo tanto quanto essências de matas nativas – algo em torno de 1.100 mm por ano, na média registrada na maior parte do território brasileiro. O consumo de água do eucalipto também equivale ao consumo de água de culturas comerciais e assemelha-se ao registrado por cana-de-açúcar, café e citros, por exemplo.

Desmistifica-se, assim, a errônea imagem a que o eucalipto foi associada: à de desmesurado consumidor de água.

Adaptado de: Idea News

quarta-feira, 11 de março de 2009

Curso de Engenharia Florestal - UFLA

A Engenharia Florestal bem como o perfil do engenheiro florestal é assim definido pela UFLA (Universidade Federal de Lavras):

"É o ramo das Ciências Agrárias dedicado à produção florestal e ao manejo ambiental visando à preservação, conservação e utilização sustentável dos ecossistemas florestais.
O engenheiro florestal tem um perfil profissional que o habilita a exercer com competência diferentes cargos em empresas florestais, instituições de planejamento, pesquisa, ensino e extensão, sejam públicas ou privadas, bem como gerenciar seu próprio empreendimento.
A formação desse profissional nessas áreas é baseada, em grande parte, em aulas práticas nas unidades experimentais de florestas (coleta de sementes florestais, mensuração e identificação de espécies arbóreas, extração de resinas, produção de mudas, controle de pragas e incêndios florestais no campo, etc), análises laboratoriais (química, física, mecânica da madeira, marcadores moleculares, produção de celulose, papel, análise de solos das florestas, etc) e também em visitas às empresas florestais, entre outras."

Cultivo mínimo - 2

O preparo de solo é uma etapa do processo de produção de madeira que deve ser planejado e estudado cuidadosamente, simplesmente porque não se pode errar em preparo de solo: dentre todas as operações que têm reflexo direto na produtividade, é a única que não pode ser refeita, não sem que se tenha um custo elevadíssimo.

O preparo de solo através do cultivo mínimo foi adotado como forma de reduzir a movimentação do solo -trocando o uso de grades e arados trazidos da agricultura convencional pelo subsolador monohaste que movimenta menor volume de solo- e realizar o manejo de resíduos da colheita, não mais realizando a queima como forma de limpeza da área.


Área agrícola com solo revolvido através de gradagem e/ou aração

Após a adoção do cultivo mínimo, teve início um processo de constante avaliação e adaptação de tecnologias às mais diferentes situações de trabalho, tenho em vista a necessidade de co-evolução entre o cultivo mínimo e as demais operações da silvicultura e colheita.
Adaptado de I Encontro Brasileiro de Silvicultura (Anais)

Saudações!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Curso de Engenharia Florestal - FAIT

O curso de Engenharia Florestal da FAIT (Faculdade de Itapeva), segundo o próprio site, tem como objetivo formar um profissional que deverá estar apto para desenvolver atividades agro-silvipastoris (explorar economicamente a produção de madeira, desenvolver a produção de culturas extraídas da terra e criação de animais para produção de alimentos, tudo isso de forma ecologicamente correta, com maior qualidade possível), já que Itapeva se insere numa região agrícola com grande exploração de florestas.

O conhecimento da correção de solos, a medição de áreas, a exploração de culturas, a criação de animais, o diagnóstico de patologias vegetais e até mesmo o manejo florestal, a tecnologia de produtos florestais e a administração florestal, entre outros assuntos, formarão o tronco de conhecimentos desse profissional, contribuindo assim para colocar no mercado de trabalho o Engenheiro Florestal que a economia e momento histórico do país solicitam e necessitam.

Até a próxima!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Cultivo mínimo - 1

Querendo abordar o cultivo mínimo de forma ampla e tentando não esquecer das questões mais importantes é que farei uma abordagem como a da produção de mudas: por partes, procurando mais embasamento técnico/científico. Mãos à obra!

A erosão é um problema sério de redução da produtividade das áreas de plantio, tanto pela diminuição da capacidade de retenção de água disponível no solo, quanto pela degradação da estrutura do solo e perdas de nutrientes decorrentes do arraste de partículas.

Quando o solo não é tratado convenientemente, o excessivo escoamento superficial depois de chuvas fortes causa a erosão. Esta depende de fatores, como a intensidade da precipitação, as condições do solo, o declive, a vegetação viva e a cobertura de folhagem. As melhores condições são aquelas que favorecem a penetração da água no solo, antes que ela escorra pela superfície.

Plantios florestais são instrumentos de proteção contra a erosão. Devido à densidade de plantio, as raízes formam uma malha de agregação do solo. A cobertura do terreno pela folhagem das árvores também é bastante útil na proteção dos solos, principalmente em regiões de chuvas intensas. As árvores, através da interceptação e da redistribuição da precipitação que chega ao solo, reduzem a intensidade de seu impacto.




Observa-se na foto a operação de subsolagem sendo realizada em área onde os resíduos da colheita foram deixados, formando uma camada de matéria orgânica que protege o solo da erosão entre outros benefícios.

Adaptado de SBS

quarta-feira, 4 de março de 2009

Notícias de Fevereiro

Vamos às notícias de fevereiro:

- Álcool celulósico já esbarra na falta de recursos

As usinas americanas de etanol estão perto de atingir os limites criados pelo Congresso dos Estados Unidos para conter o uso do milho na produção de combustível, mas a indústria ainda parece longe de dar o salto tecnológico necessário para viabilizar comercialmente o uso de outras matérias-primas.
Para continuar ampliando o consumo de biocombustíveis no país, os americanos estão investindo no desenvolvimento do etanol celulósico, que pode ser feito com madeira, capim e diversos resíduos vegetais.
O problema é que nenhuma das empresas que estão investindo nas novas tecnologias conseguiu até agora demonstrar sua viabilidade econômica, sendo que a crise internacional ampliou as dificuldades que essas empresas encontram para financiar seu desenvolvimento.
Fonte: Celulose Online.

-Desemprego atinge 8,2% em janeiro

O nível de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país subiu em janeiro e fechou o mês em 8,2%. O resultado superou em 1,4 ponto percentual o verificado em dezembro de 2008 (6,8%) e representa a maior taxa desde abril do ano passado (8,5%).
Em janeiro, os setores que mais demitiram, na comparação com o mês anterior, foram o da construção (-4,7%) e do comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-2,5%).
Fonte: Celulose Online.

- 20% da área devastada da Amazônia tem floresta em fase de regeneração

Pela primeira vez desde que começou a monitorar o desmatamento da Amazônia, em 1988, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vai “tirar a máscara” da floresta e ver o que está acontecendo nos 700 mil quilômetros quadrados já desmatados da região. Um estudo preliminar, indica que 19,4% (132 mil km²) dessa área total desmatada possui florestas secundárias em processo de regeneração. As estatísticas anuais de monitoramento do Inpe consideram apenas as áreas de novos desmatamentos ocorridos sobre áreas de floresta primária. Por isso, as áreas desmatadas em anos anteriores são cobertas nas imagens de satélite por uma “máscara” digital, que impede que elas sejam recontadas. Esta será a primeira vez que o Inpe olhará em detalhes que está acontecendo “por baixo da máscara”.
Fonte: OESP

- Mudança no Serviço Florestal Brasileiro

O Engº Florestal Tasso de Azevedo está deixando a Diretoria Geral do Serviço Florestal Brasileiro – SFB por motivos de ordem pessoal. Antes de assumir o SFB ele foi Diretor do Programa Nacional de Florestas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente – MMA, onde foi um dos articuladores da Lei de Gestão de Florestas Públicas que criou o SFB. Tasso continuará assessorando o MMA e o Engº Florestal Carlos Hummel, titular da Diretoria de Uso Sustentável de Biodiversidade e Florestas do IBAMA irá ocupar a Diretoria Geral do SFB a partir de março.
Fonte:SBS

Curso de Engenharia Florestal - FAEF

Falando ainda dos cursos de engenharia florestal oferecidos no Brasil, encontrei no site da FAEF (Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal- Garça/SP) as características do Engenheiro Florestal que ela pretende formar: "O Engenheiro Florestal egresso da FAEF está capacitado para atuar em planejamento e projetos de reflorestamento, produção de mudas florestais, implantação e reforma de florestas, processamento de dados e análises estatísticas de atividades florestais, tecnologia e produção de madeira, utilizando de forma racional os recursos naturais.São preparados para atuar na áreas de ambiência e áreas protegidas, estão capacitados para zelar pela preservação das matas e difusão de processos produtivos ecologicamente corretos. Possui habilidade técnica, habilidade administrativa e habilidade interpessoal."