sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Algumas notícias

- Brasil sube da 6ª para a 4ª posição no ranking dos maiores produtores de celulose: há dois anos, o Brasil subiu da 6ª para a 4ª posição no ranking dos maiores produtores de celulose e já é o 11º principal produtor de papel do globo, segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel. Internamente, a demanda só cresce: o consumo de papel subiu 5%, o brasileiro usa 46,2 quilos por ano.
“O Brasil vive um terceiro ciclo de expansão do setor de celulose e papel, que deve se estender pelos próximos dez anos” observa Francides Gomes, Professor de Tecnologia de Celulose e Papel da Esalq-USP.
A indústria da celulose é, hoje, quase toda certificada e obediente à legislação florestal. Por depender do bom funcionamento dos ecossistemas em que estão instaladas, a maioria das empresas preserva as matas que protegem os rios e cumprem rigorosamente a reserva legal.
Adaptado de: Celulose Online

- Áreas plantadas de eucalipto crescem no Brasil: uma pesquisa realizada recentemente pela Abraf (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas) aponta que nos últimos anos o Brasil ganhou 720 hectares por dia de plantações de eucalipto.
No Brasil, a madeira de eucalipto está pronta para o corte em sete anos, enquanto essências de reflorestamentos em países de clima temperado levam no mínimo 35 anos para produzir madeira de qualidade.
Minas Gerais, São Paulo e Bahia são os estados brasileiros com maior extensão de área plantada. Entre 2005 a 2009 houve uma expansão das plantações de 10 mil km² (o DF tem 5.800 km²), segundo dados da associação do setor.
Adaptado de: Celulose Online

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Grupo Lwart lança programa de trainee

O Grupo Lwart está criando novas oportunidades de emprego no seu Programa Trainee 2011. A proposta da empresa é abrir 20 vagas para um processo de seleção, que terá início em fevereiro de 2011.
Esta oportunidade estará disponível para profissionais formados há três anos ou que irão se formar em dezembro de 2010. As áreas disponíveis são: Engenharia (Mecânica, Florestal, Química, Elétrica, de Produção e Civil), Arquitetura e Administração de Empresas. A empresa também exige como pré-requisito o domínio em inglês, no mínimo intermediário.
Os candidatos selecionados deverão atuar nas unidades localizadas em Lençóis Paulista (SP) e Feira de Santana (BA).
Inscrições até o dia 28/11 no site do CIEE.

Adaptado de: Celulose Online

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Boas práticas em viveiro

Abaixo estão relacionadas as boas práticas como medida de controle para pragas e doenças:
  • Uso de quebra-vento ao redor do viveiro;
  • Utilizar água de subsuperfície ou de poços semi-artesianos ou artesianos;
  • Utilizar brita para cobrir o solo do viveiro;
  • Adubação equilibrada;
  • Irrigação balanceada;
  • Utilizar substrato esterilizado;
  • Lavagem e desinfestação de bandejas e tubetes;
  • Limpeza e desinfestação periódica da casa de vegetação;
  • Fertilização equilibrada quanto ao nitrogênio;
  • Viveiros suspensos;
  • Assepsia das ferramentas de corte;
  • Densidade de plantio moderada;
  • Água de irrigação livre de patógeno;
  • Redução do trânsito desnecessário dentro da casa de vegetação e no viveiro;
  • Uso de métodos alternativos de controle;
  • Monitoramento do viveiro quanto às doenças;
  • Reciclagem da água de irrigação drenada.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Novo programa do IPEF estudará estresses ambientais

Um dos desafios do setor de florestas plantadas é explorar a máxima produtividade das plantações clonais de eucalipto e um dos fatores limitantes são os estresses ambientais.
Na silvicultura brasileira, os estresses hídrico e térmico são os mais frequentes, fato constatado nos experimentos do Programa Brasil Eucalyptus Produtividade Potencial (BEPP), que quantificou as taxas de crescimento do eucalipto em oito sítios do Brasil, observando a influência de fatores como balanço de carbono, nutrição e água na sua produtividade. O BEPP concluiu que o fator mais limitante à produtividade do eucalipto é o déficit hídrico.
Para aprofundar essa constatação, o IPEF está lançando o Programa Tolerância de Eucalyptus Clonais aos Estresses Hídrico e Térmico (TECHS), que irá estudar os aspectos ecofisiológicos que interferem na tolerância do eucalipto a esses dois estresses ambientais nos principais clones de Eucalyptus do Brasil.
Esses principais materiais genéticos serão submetidos a situações naturais (variabilidade regional) e controláveis (controle local) de estresses. Prevê-se que já no próximo ano, os clones serão instalados em vários sítios experimentais de norte a sul do Brasil, o que propicia a observação do ponto de vista térmico, já que haverá clones em climas diferenciados, incluindo áreas de geada.

Adaptado de: IPEF Express

domingo, 14 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Doenças em viveiro

Alguns patógenos que podem ser encontrados em viveiro e causar prejuízos:

OÍDIO
Esse fungo ataca várias espécies de eucalipto em condições de viveiro, casa de vegetação e campo.
Os sintomas aparecem principalmente em gemas e brotações, causando deformidade ou morte das mesmas. Esses sintomas são caracterizados pelo recobrimento das partes afetadas por estruturas de coloração esbranquiçada, pulvurulenta, constituídas por micélios e estruturas de reprodução do patógeno, típico dos oídios.

MOFO CINZENTO
A doença mofo cinzento é causada pelo patógeno Botrytis cinerea, sendo comumente encontrada em canteiros com alta densidade de mudas (700 mudas/m2), sob condições de alta umidade (acima de 70%) e temperaturas amenas (outono e inverno). Embora menos freqüente, essa doença tem surgido nas condições de minijardim clonal.
A doença afeta os tecidos jovens da parte aérea das mudas, causando morte do ápice ou mesmo a morte da planta, principalmente das mudas mais jovens.
O controle é feito através do manejo, como redução da densidade das mudas no viveiro, dosagem correta de adubos nitrogenados (para evitar que as folhas fiquem muito tenras) e retirada das folhas infectadas das plantas e também as caídas no solo.

TOMBAMENTO DE MUDAS OU“DAMPING-OFF”
O tombamento é causado pelos fungos Cylindrocladium candelabrum, C. clavatum, Rhizoctonia solani, Pythium spp.,Phytophthora spp. e Fusarium spp. Os propágulos desses fungos são disseminados através da água da chuva ou irrigação, vento ou partículas de solo aderidas a implementos agrícolas, sendo que em ambientes com alta umidade favorecem a ocorrência de tombamento.
Os sintomas ocorrem inicialmente no colo da plântula, podendo se estender ao hipocótilo, com aspecto inicial de encharcamento evoluindo para uma coloração escura, com posterior tombamento e morte da muda. Dependendo da idade da muda pode ocorrer murcha, enrolamento e seca dos cotilédones e das primeiras folhas, porém, esses sintomas são considerados secundários.
Cabe ressaltar que a água de irrigação e o substrato devem estar livres de inóculos dos patógenos. O uso de brita como material de cobertura do solo do viveiro evita a contaminação. Ainda em relação ao substrato, este deve apresentar boa drenagem. Um método de desinfestação do substrato é o emprego de vapor de água a uma temperatura de 80-90oC, por volta de 7 a 8 horas, ou secagem ao sol.

PODRIDÃO DE MINIESTACAS
Na maioria das vezes, a ocorrência de podridão em miniestacas se deve a desequilíbrios nutricionais e não ao ataque de patógenos. Um nutriente que está bastante associado a estas podridões é o cálcio, quando em deficiência.
O sintoma da podridão é caracterizado por uma lesão escura na base da estaca, a qual progride para o ápice, causando morte das gemas e impedindo o enraizamento. Podem ser encontradas as estruturas dos diferentes patógenos relacionados à doença: frutificações branco-cristalinas de Cylindrocladium, estruturas marrom-avermelhadas de Fusarium, pontuações escuras (picnídios) de B. ribis ou acérvulos de Colletotrichum com ou sem massa alaranjada.
Quando é causada por patógenos, recomenda-se o uso de hipoclorito de sódio e/ou fungicidas nos materiais envolvidos na produção de estacas, ou seja, as estacas, as caixas e os recipientes devem ser tratados, e a casa de vegetação, após um ou dois ciclos, receber tratamento com hipoclorito de sódio e sulfato de cobre. No entanto, se a podridão de miniestacas estiver associada à carência de cálcio, sugere-se a aplicação foliar de cloreto de cálcio na dose de 3 a 5 g.L-1 .

Adaptado de:Informações agronômicas - nº 93 - Março/2001

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tipos de propagação de mudas

Propagação via semente
Este tipo de propagação gera maior variabilidade entre os indivíduos o que possibilita maior distribuição e adaptação do material em condições de solo e clima diferentes.

  • Área coleta de sementes (ACS): a área de coleta de sementes consiste na escolha de algumas árvores com características desejáveis. A principal vantagem desse sistema é a grande disponibilidade de pólen que resulta em maior troca genética e maior nível de polinização, conseqüentemente maior variabilidade genética. Os ganhos obtidos nessa área são relativamente baixos e é recomendada para o início do melhoramento.
  • Área produção de sementes (APS): na área de produção de sementes ocorre a retirada das árvores sem as características desejáveis através do desbaste seletivo. Assim, cada semente terá 100 % do material genético proveniente de árvores com as características desejáveis. As principais vantagens desse sistema são: produção de sementes com material genético superior; baixo custo e em curto período.
  • Pomar de semente clonal (PSC): o pomar de semente clonal consiste na pré-seleção de diferentes materiais com as características desejáveis que devem ser clonados e implantados, com o devido isolamento, de modo a direcionar o cruzamento entre diferentes clones superiores. Nesse sistema ocorrem grandes ganhos genéticos e também pode ocorrer a precocidade na produção de sementes, quando a propagação é realizada via enxertia.

Propagação via clonagem ou propagação vegetativa
A propagação vegetativa é utilizada para obter ganhos genéticos de maneira mais rápida, pois essa técnica conserva características da planta mãe, porém, podem ocorrer diferenças entre um mesmo clone devido às diferenciações ocorridas durante a fase de propagação do material.

  • Micro-propagação: esse método de propagação vegetativa é baseado nas técnicas de cultura de tecidos. A cultura de tecidos consiste em cultivar segmentos da planta em tubos de ensaio que contenham soluções nutritivas e hormônios na dosagem adequada para o desenvolvimento. Nesse sistema é possível obter com rapidez a produção de um grande número de mudas idênticas.
  • Macro-propagação: o método de macro-propagação é baseado nos métodos convencionais de estaquia e enxertia.
    - Estaquia: É o processo de enraizamento de estacas obtidas de material selecionado. Essa é a metodologia mais utilizada nas grandes empresas florestais que obtêm as estacas nos mini-jardins clonais.
    - Enxertia: É o processo de inserção da parte superior de uma planta em outra, através da implantação do ramo, gema ou borbulha da planta a ser multiplicada (cavaleiro) sobre o porta-enxerto (cavalo). Nesse procedimento pode ocorrer a rejeição do material.

A maior dificuldade da propagação vegetativa de plantas adultas é o enraizamento, sendo necessário trabalhar com material fisiologicamente juvenil ou rejuvenescido. Outros fatores também são importantes para o enraizamento entre eles a nebulização (prevenindo o estresse hídrico), o estado nutricional, a utilização de hormônios e condições adequadas de desenvolvimento. Para a propagação vegetativa de eucalipto adulto é recomendada, para facilitar o processo, a utilização dos brotos epicórmicos originários da base das árvores.

Adaptado de: IPEF

Muda padrão


Qualidade de mudas

A muda de boa qualidade aparenta vigor e bom estado nutricional, com folhas de tamanho e coloração típicas da espécie. Sua estrutura ideal varia entre 20 a 35 cm de altura e diâmetro do colo, entre 5 e 10 mm. O caule, para a grande maioria das espécies, deve ser único, não ramificado, aparentando dominância apical.
Para assegurar o suprimento de água e nutrientes, as mudas recém plantadas, mais intensivamente nos primeiros 15 a 30 dias, alocam grande quantidade de foto-assimilados e nutrientes existentes em sua copa para a síntese de raízes; por isto, podem perder parte do viço e mostrar sintomas de deficiência de nutrientes. Com o suprimento de água e nutrientes assegurado, a atividade fotossintética é intensificada, havendo expansão da área foliar e crescimento da muda.
A estrutura radicular deve ser típica da espécie, sem enovelamentos, e com grande quantidade de raízes finas. É importante que haja raízes finas novas, que assegurarão pronto crescimento radicular no campo, agilizando a adaptação da muda ao ambiente.
O controle de qualidade das mudas seguirá os seguinte critérios: não apresentar sintomas de deficiência nutricional (alteração de coloração e tamanho de folhas); possuir haste preenchida com folhas; apresentar boa dominância apical; e sistema radicular bem formado. As mudas que não se enquadrarem deverão ser descartadas.