Uma das discussões que envolveu o público do 2º Encontro Brasileiro de Silvicultura, um dos eventos ocorridos na semana da Expoforest, foi a questão da madeira energética. O assunto foi desenvolvido dentro do painel sobre Perspectivas dos Setores de Produção Florestal do seminário, com o tema “A utilização de mais de 50% da madeira extraída no mundo como fonte energética”, proferida pelo professor José Otávio Brito, da Esalq/USP.
Em 2009, 62% do consumo de madeira no Brasil foi destinado à produção de energia, a maior parte como carvão vegetal, cuja produção mundial é liderada pelo país. “A vocação da aplicação do carvão é a siderurgia. Tanto assim, que seu valor está atrelado ao do ferro-gusa”, comentou Brito, referindo-se ao que o setor convencionou chamar de “aço verde”.
O professor da Esalq também falou sobre um “desafio a ser superado” pelo setor: ampliar a utilização de madeira proveniente da silvicultura, que responde por 51% do total – 49% ainda vem do extrativismo.
Há, de acordo com Brito, forte sinalização do Governo Federal no sentido de reduzir o desmatamento no setor siderúrgico de carvão vegetal, bem como das emissões de gases resultantes da carbonização. “Esse é outro desafio forte, pois 60% estão nas mãos dos pequenos produtores, que usam o chamado forno de ‘rabo quente’”, observou.
Fonte: Celulose Online
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