segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mercado - reflexão

"Uma vez que a madeira de reflorestamento em tora apresenta elevado peso e baixo preço, o custo do frete é alto e, com isso, os reflorestamentos devem estar localizados próximos às empresas consumidoras para que o transporte do produto seja economicamente viável. Alterações de preços em um mercado não devem ser transmitidas aos preços de outros mercados. Todavia, espera-se que o contrário aconteça nos mercados de produtos florestais cujos preços são maiores.
Mercados regionais integrados podem proporcionar crescimento de renda aos produtores ao possibilitar aumento na especialização e no comércio, e, também, provocar melhoria no bem estar de consumidores avessos ao risco, ao reduzir a variabilidade dos preços dos bens que antes eram não comercializáveis. A mensuração do grau de integração de mercados regionais é de grande importância para a determinação de políticas reguladoras de mercado e para a tomada de decisão de comercialização dos agentes de mercado. Estudo conduzido no estado de São Paulo concluiu que os mercados da madeira serrada de eucalipto das regiões de Sorocaba, Bauru e Marília são integrados espacialmente via preços, ou seja, existe relação de equilíbrio de longo prazo entre eles. Mas, apesar de serem integrados, a lei do preço único não foi verificada, isto é, a integração desses mercados não foi perfeita no período analisado. As regiões de Marília e Bauru transmitem alterações de preços da madeira serrada ao mercado de Sorocaba. Já os mercados da madeira em tora em pé de eucalipto das regiões de Itapeva e Bauru não apresentaram integração espacialmente."
Fonte: Soares, N. S.; Silva, M. L.; Lima, J. E.; Carvalho, K. H. A. – Integração Espacial no Mercado da Madeira de Eucalipto em São Paulo, Brasil – em Scientia Forestalis / IPEF.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Engenharia Florestal - UFCG

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) tem como objetivo do seu curso de engenharia florestal a formação de profissionais capazes de atuar na preservação ambiental e de definir e recomendar interferências nos ecossistemas florestais, de modo a garantir o equilíbrio e a sustentabilidade na obtenção de benefícios que os recursos florestais possam proporcionar a sociedade.
O Engenheiro Florestal formado pela UFCG deve ter capacidade técnica, crítica e criativa, habilitando-se a desempenhar bem sua tarefa e a contribuir para o desenvolvimento sustentado e gestão dos recursos florestais.
A formação técnico-acadêmica abrange os seguintes campos de atuação: a Produção Florestal, a Ecologia Aplicada e a Tecnologia de Produtos Florestais.
A produção florestal compreende a implantação, manutenção, manejo e utilização das florestas nativas e plantadas, envolvendo o estudo de sementes, técnicas de estabelecimento de plantios, medições e monitoramento, proteção contra incêndios florestais, proteção contra pragas e doenças, colheita e transporte florestal.
A Ecologia Florestal tem um papel extremamente importante devido a necessidade de se conhecer os ecossistemas florestais para compatibilizar um desenvolvimento sustentável com a manutenção da biodiversidade. Para isso, estuda-se a flora, o clima e os solos, o manejo, da fauna silvestre e das bacias hidrográficas, a recuperação de áreas degradadas, o manejo de parques, áreas naturais e ecossistemas urbanos.
A Tecnologia de Produtos Florestais está ligada à transformação da matéria-prima árvore nos mais diferentes produtos, tais como: carvão vegetal, madeira serrada e laminada, estacas e moirões, móveis, componentes químicos, alimentos, papel e demais derivados.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Fórum da Anave avalia efeitos da crise no setor

A Associação Nacional dos Profissionais de Venda em Celulose, Papel e Derivados (Anave) realizou em São Paulo a 34ª edição de seu fórum anual, que neste ano apresentou o tema “O que mudou no setor de celulose e papel”.
O evento reuniu os principais representantes do mercado editorial e gráfico e do setor de celulose e papel, tanto na mesa debatedora como na plateia. A abordagem dos profissionais tentou responder à pergunta central da temática desta edição do fórum: “O que mudou no setor de papel e celulose?.
Uma das grandes discussões do fórum foi tentar decifrar se a crise econômica já passou ou não e como as companhias ficaram neste contexto. A sensação para quem assistiu é que a crise já passou por aqui. O número de revistas lançadas neste ano, a performance dos jornais e o crescimento dos livros foram dados que comprovaram a reação das empresas diante da crise. Já para os profissionais do setor de celulose e papel, há restos de efeitos negativos, que parece ainda estar em ação no Brasil, afetando diretamente o setor.
Para o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Sandroni, que fez parte de uma das mesas debatedoras, a crise teve seus aspectos positivos. “Toda crise destrói as estruturas da economia e depois quando as empresas se recuperam retornam para o mercado com novos produtos, novas tecnologias”, explica o economista. Sandroni também explicou à plateia que as crises são cíclicas na história e que após todo momento de expansão há sempre um momento de queda. “Isso é normal, desde que essa queda seja controlada”, diz.
O economista narrou uma retrospectiva da crise nos EUA e no mundo e pontuou que os governos foram molas mestras na contenção da crise em cada país.Paulo Sandroni analisou que no Brasil tem-se essa sensação de que a crise acabou, porque aqui os efeitos não foram tão profundos e o governo teve iniciativas que fizeram o país sair da crise mais rápido.Salvo o sistema financeiro, ele comentou que havia a necessidade de se salvar o sistema produtivo. “Os economistas do governo são muito competentes e como agiram? Salvaram o consumo, aumentando significadamente o salário mínimo e também com uma linha de programas assistenciais”, explica.
Já quanto à taxa de câmbio, o economista alertou que há sim conseqüências nas exportações e importações. “Agora vai ser mais difícil exportar, enquanto a taxa de câmbio se mantiver num nível valorizado como está hoje”. Para ele, o futuro vai reservar uma situação bastante longa para a questão cambial, em função da entrada muito forte de dinheiro no exterior.
Adaptado de:Celulose Online.