sábado, 6 de fevereiro de 2010

Notícias de Janeiro

- Consumo de carvão despencou em Minas: a demanda ainda está 30% abaixo da capacidade do setor. Além da redução das intenções de compra, os preços pagos pelo produto também foram afetados pela crise financeira mundial. Devido ao fraco desempenho do mercado, estima- se redução de até 50% da área utilizada, em relação ao ano passado. Fonte: AMS.

- Horto de Rio Claro sofre invasão: cerca de 100 integrantes, maioria dissidentes do MST, invadiram a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade em Rio Claro-SP. Os sem-terra querem que 70% da área total, de 2.230 hectares, sejam destinados ao assentamento das famílias. A assessoria de imprensa do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) informou que não há qualquer tratativa entre o órgão estadual e o Incra sobre a possibilidade de instalação de assentamento na área do horto. O grupo responsável pela ocupação não é conhecido do Itesp. O órgão informou ainda que as providências para preservação da unidade de conservação de Rio Claro estão sendo adotadas pela Polícia Ambiental e pela Fundação Florestal. Fonte: Correio Popular.

- Mercado de carbono florestal pode parar sem uma nova lei climática dos EUA ou um tratado global que substitua o Protocolo de Kyoto. Embora a conferência climática da ONU, em Copenhague, não tenha definido um novo tratado de cumprimento obrigatório para a redução das emissões de gases do efeito estufa, os EUA prometeram 1 bilhão de dólares para promover o sistema de Redução de Emissões pelo Desmatamento e Degradação, que também tem entre seus contribuintes Austrália, França, Japão, Noruega e Grã-Bretanha. O projeto de lei dos EUA para a redução de emissões também está parado no Congresso, e agentes do mercado consideram sua aprovação neste ano como vital para os investimentos. Fonte: Estadão – SP.

- Fibria planeja expansão: em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente da Fibria, Carlos Aguiar, disse que 2010 será o ano de “consolidação do rumo” da nova empresa.
Passados 100 dias desde a sua constituição, a Fibria já tem fôlego para planejar expansão. No entanto,o cronograma dos projetos de ampliação só será definido em 2011. Operacionalmente, os planos passam pelo pedido de licença para o plantio de novas florestas em Mato Grosso do Sul e Bahia, com vistas a dois projetos de ampliação, um da fábrica de Três Lagoas e outro da Veracel, joint venture com a sueco-finlandesa Stora Enso.

- Stora Enso aguarda licença para plantio até o fim de 2010 para a nova linha de produção da Veracel, fábrica de celulose em Eunápolis, da qual é sócia. O projeto, previsto para uma linha de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, exigirá mais 80 mil hectares de plantio de eucaliptos no Sul da Bahia. A fábrica deverá operar por volta de 2015. Fonte: Celulose Online.

- Desconcentração de terras: os três últimos censos agropecuários do Brasil apresentaram os seguintes índices GINI, que medem a concentração de terras (quanto mais próximo de 1, maior a concentração): 1985 = 0,857; 1996 = 0,856 e 2006 = 0,854. Entre 1985 e 2006 ocorreram processos de concentração devido à aquisição de terras para grandes plantações voltadas para o mercado externo, que exigem grande escala o que não é exclusividade do Brasil, nem do setor agropecuário ou florestal. De outro lado, houve, no mesmo período, um fator de desconcentração, com a destinação de 51,2 milhões de ha para reforma agrária. Também houve, de 1989 a 2006, desconcentração de terras com redução de quase 13 milhões de ha no total da área dos estabelecimentos maiores que 1000 ha, a repartição de 1,5 milhão de estabelecimentos por sucessões hereditárias e a criação de novas terras indígenas e novas áreas de conservação no total de 81 milhões ha. O tamanho médio das propriedades rurais no Brasil caiu 12,4%; de 72,8 ha (1996) para 63,8 ha (2006). Em 2002, nos EUA, a área média era de 178,5 ha e, em 2008, na Argentina era de 468,9 ha. Fonte: Revista Gleba / CNA

- Eucatex recebe ISO 9001: A Eucatex, uma das maiores fornecedoras de painéis e chapas de fibras de madeira para a indústria moveleira, acaba de conquistar a recertificação ISO 9001 para a unidade instalada em Salto (SP) e os escritórios comerciais de São Paulo, Bento Gonçalves e Belo Horizonte. Fonte: Celulose Online.

- Google cria sistema global de monitoramento de desmatamento: A tecnologia deverá contribuir com redução dos desmatamentos e, consequentemente, com a diminuição das emissões de gases causadores do efeito estufa. Segundo informações da Google, somente as emissões geradas pela destruição de florestas tropicais se igualam às emissões de toda União Européia e são maiores que os níveis emitidos por todos os carros, caminhões, aviões, navios e trens de todo o mundo. A tecnologia também tem potencial para ser uma forte aliada do REDD (Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal em Países em Desenvolvimento) – projeto das Nações Unidas que pretende oferecer incentivos financeiros aos países em desenvolvimento para que eles protejam suas florestas. “Implantar um sistema de REDD global exigirá que cada nação tenha a capacidade de monitorar e informar com precisão o estado das suas florestas ao longo do tempo e de uma forma que isso seja verificável de forma independente. No entanto, muitas dessas nações não dispõem de recursos tecnológicos para fazer isso, por isso estamos trabalhando com cientistas, governos e organizações sem fins lucrativos para alterar esse quadro”, informam. O programa utiliza a tecnologia do Google Earth aprimorada por um software desenvolvido pelos cientistas Greg Asner e Carlos Souza que cria mapas de cobertura florestal e de desmatamento a partir das imagens de satélite. Qualquer pessoa, utilizando qualquer computador, poderá acessar em segundos a informações sobre os desmatamentos ocorridos nos últimos 30 dias.A tecnologia ainda está em fase de estudo e foi disponibilizada apenas para um pequeno grupo que irá testá-la por mais algum tempo. Mas os ansiosos podem ficar despreocupados - a empresa afirma que o serviço está disponível para o público ainda em 2010. Fonte: Embrapa Florestas.

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