O guanandi, cujo nome científico é Calophyllum brasiliense ocorre em todo o território nacional e seu nome varia conforme a região do Brasil. Considerada sempre uma madeira de lei, resistente, de cor bonita, de grande aceitação e muito valorizada, agora surge como opção para reflorestamento.
Uma sugestão de manejo pode conduzir o plantio da seguinte maneira: em um hectare de terra, o plantio é de 1.500 mudas. Em seis anos, há o primeiro raleamento: retiram-se 500 plantas, que são aproveitadas como lenha. Em 10 anos, há o segundo raleamento, e retiram-se mais 500 árvores, mas o aproveitamento agora é como madeira fina. Permanecem então as 500 melhores árvores do talhão, as quais, em 18 a 20 anos, deverão produzir 400 metros cúbicos de madeira. Apesar da origem no brejo a planta cresce melhor no seco que no terreno encharcado e a desrama é o manejo certo para a árvore subir reta.
Em Botucatu onde fica a seção de engenharia florestal da Unesp. Vera Lex trabalha há 20 anos com madeiras de lei, e o guanandi é seu velho conhecido. “Acho que o guanandi tem muito potencial, assim como outras espécies nativas para plantio comercial, inclusive potencial de gerar muita renda, mas sou bastante cuidadosa no que se refere ao prazo, que seria o corte final”, afirma a engenheira.
“Acredito que não se consegue ter uma madeira de qualidade com menos de 30 anos. Também sou cética em relação à estimativa de crescimento, porque não há ainda pesquisas suficientes em larga escala de áreas plantações no Brasil para dar um indicativo seguro de quanto essa espécie cresce”, completa Vera.
Adaptado de: Painel Florestal
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