segunda-feira, 1 de junho de 2009

Manejo sustentável: silvicultura

O planejamento adequado do uso da terra e das práticas silviculturais deve ser feito antecipadamente, geralmente, alguns meses antes do início das atividades. Neste planejamento, as delimitações das áreas de efetivo plantio, de preservação permanente e de reserva legal devem tomar por base a carcterização do meio físico: condições climáticas, topográficas e edáficas. Baseando-se nessas informações, devem ser estabelecidos critérios para nortear as decisões sobre:

- a escolha de material genético adequado para cada condição ambiental;
- as técnicas de preparo de solo;
- as adubações;
- o espaçamento de plantio;
- as técnicas de plantio;
- os tratos culturais; e
- o sistema de colheita da madeira.

Esse é só um começo do manejo sustentável... e a prática costuma definir muita coisa.

Adaptado de: Anais do I Encontro Brasileiro de Silvicultura

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Reflexão

"Nos dias atuais estamos iniciando um novo ciclo! Começa a fazer parte obrigatória das discussões setoriais os efeitos da crise internacional e os desdobramentos sobre as atividades silviculturais. Independente de qualquer discussão, já se dá como certa a paralisação de inúmeros programas de plantio, de reformas, de fomento, etc. Em menor escala, até os programas de colheita de algumas empresas estão diminuindo suas cotas , alterando áreas de corte para menores distâncias, mesmo que essas alterações impliquem na redução da idade de corte. Tudo pela redução de custos! Vamos passar a consumir os estoques, mas sem a devida reposição! O setor não vai acabar, e sempre será possível alguns remanejamentos na condução das florestas para minimizar os impactos. Ainda bem! Só não será possível fazer surgir a madeira desses milhões de árvores que deixarão de ser plantadas. A um determinado tempo, quando a economia se equilibrar e as produções industriais partirem para alcançar os festejados recordes de produção, com certeza, essa madeira vai fazer falta, e a bola da vez voltará a ser o apagão florestal! E será uma situação muito mais complicada que a anterior, pois não temos mais aqueles estoques marginais, nem a 1000 km de distância para serem adquiridos. É muito difícil adivinhar a época da gritaria, mas, com certeza, os gritos e reclamações virão. Talvez de outros, que não terão nada a ver com essas decisões de paralisar as atividades silviculturais! Seguramente, ouviremos as mesmas lamúrias que estamos cansados de ouvir: falta de atitude dos governantes, falta de mecanismos de estímulo, burocracia, insensibilidade , falta disso ou daquilo. Poderá surgir até quem reclame da inoperância de algum novo Ministério, que poderá estar abrigando a atividade, lá na frente! Tudo poderá acontecer, mas a única certeza que se tem é que poucos irão se lembrar dos responsáveis pelas paralisações que estão acontecendo, e que não estão dando a menor importância para as encrencas que virão no futuro!"
Fonte: Nelson Barboza Leite - Conselho Consultivo da SBS.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Um pouco sobre melhoramento genético

O melhoramento genético clássico teve seu auge de desenvolvimento para atender a demanda de sementes melhoradas geneticamente para estabelecimentos de plantações de pinus e eucaliptos e atender a demanda de genótipos selecionados para estabelecimentos de florestas clonais de eucaliptos.

A seleção da árvore a ser clonada é a principal preocupação dos melhoristas florestais, enquanto que a interação genótipo x ambiente deve ser a principal preocupação do produtor, mais que a elevada rentabilidade proporcionada pelos plantios de clones quando se usa a "silvicultura de precisão".

Atualmente os programas de hibridação envolvem principalmente as espécies E. grandis e E. urophylla para produção volumétrica, E. viminalis e E. benthamii para resistência às geadas, E. camaldulensis para resistência ao deficit hídrico, E. globulus para qualidade de madeira.
Adaptado de: Anais I Encontro Brasileiro de Silvicultura