"A atividade de subsolagem é uma prática de preparo do solo com desadensamento do solo realizado apenas nas linhas de plantio, sendo por isso considerada uma prática conservacionista caracterizada como de cultivo mínimo (Gonçalves et al. 2000, apud Sasaki, 2005). Segundo Rípoli et al. (1985), o principal efeito da subsolagem é o rompimento das camadas de solo adensadas, resultando em maior aeração do solo com o aumento de macroporos, aumento da taxa de infiltração de água no solo, maior facilidade de penetração das raízes no solo e diminuição do índice de erosão devido a menor compactação."
Fonte: Desempenho e Qualidade Operacional de Atividades Silviculturais na Copener Florestal Ltda - Melo, E.A.S.C.
Blog destinado à Engenharia Florestal: eventos, notícias e matérias interessantes.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
Manejo de plantas daninhas na cultura do Eucalipto - 2
No controle de plantas invasoras em faixas, geralmente, é mantida uma faixa limpa de 1,0 a 1,5 m de largura, junto às linhas de plantio. Este controle é realizado com o uso de herbicidas pré e pós emergentes. Na faixa restante, mantêm-se as plantas invasoras, reduzindo dessa forma o consumo de herbicidas (Louzada e Costa,1995; Zanuncio et al., 1995, citado por Gonçalves e Stape, 2002). Às vezes, quando o porte das invasoras é muito elevado, é realizada roçada mecânica (Gonçalves 2003, citado por Gonçalves e Stape, 2002).
O uso das plantas daninhas como cobertura verde, mantidas em faixas nas entrelinhas de plantio, pode resultar em vários efeitos benéficos, tanto para a conservação do solo como para o desenvolvimento das plantações florestais. Entre esses efeitos, as plantas invasoras:
- protegem o solo contra o impacto direto das gotas de chuva, aumentam as taxas de infiltração e reduzem as taxas de evaporação, devido à menor insolação direta;
-têm ação descompactante e agregante sobre o solo, por meio da ação mecânica do crescimento radicular, da exudação de fotossimilados, e pela incorporação de matéria orgânica ao solo;
-reduzem as perdas de nutrientes por lixiviação, ao imobilizar grande quantidade de nutrientes em suas biomassas (Silva et al., 1997, citado por Gonçalves e Stape, 2002);
- geram um microambiente favorável a vários organismos do solo; e
-aumentam a diversidade biótica do primeiro nível trófico do ecossistema, incrementando as possibilidades de equilíbrio ecológico local,(Louzada e Costa,1995; Zanuncio et al., 1995, citado por Gonçalves e Stape, 2002).
O manejo de plantas daninhas em culturas de eucalipto se dará, portanto, nos estágios iniciais de crescimento das mudas, quando o sistema radicular é restrito, podendo ser em faixas ou coroas, mecanizado ou químico, práticas estas muito interessantes em termos de proteção do solo e conservação de nutrientes no sistema, sem riscos de competição por água e nutrientes.
O uso das plantas daninhas como cobertura verde, mantidas em faixas nas entrelinhas de plantio, pode resultar em vários efeitos benéficos, tanto para a conservação do solo como para o desenvolvimento das plantações florestais. Entre esses efeitos, as plantas invasoras:
- protegem o solo contra o impacto direto das gotas de chuva, aumentam as taxas de infiltração e reduzem as taxas de evaporação, devido à menor insolação direta;
-têm ação descompactante e agregante sobre o solo, por meio da ação mecânica do crescimento radicular, da exudação de fotossimilados, e pela incorporação de matéria orgânica ao solo;
-reduzem as perdas de nutrientes por lixiviação, ao imobilizar grande quantidade de nutrientes em suas biomassas (Silva et al., 1997, citado por Gonçalves e Stape, 2002);
- geram um microambiente favorável a vários organismos do solo; e
-aumentam a diversidade biótica do primeiro nível trófico do ecossistema, incrementando as possibilidades de equilíbrio ecológico local,(Louzada e Costa,1995; Zanuncio et al., 1995, citado por Gonçalves e Stape, 2002).
O manejo de plantas daninhas em culturas de eucalipto se dará, portanto, nos estágios iniciais de crescimento das mudas, quando o sistema radicular é restrito, podendo ser em faixas ou coroas, mecanizado ou químico, práticas estas muito interessantes em termos de proteção do solo e conservação de nutrientes no sistema, sem riscos de competição por água e nutrientes.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Eucalipto - reflexão 3
Trabalhos evidenciam alta diversidade de fauna nas propriedades com cultivo de eucalipto. Os diversos estudos de grupos faunísticos realizados nas áreas florestais da Cenibra demonstram que o modelo atual de manejo praticado pela empresa é altamente compatível com a conservação da fauna silvestre. Os trabalhos evidenciam que há alta diversidade de fauna nas propriedades com cultivo de eucalipto e que as principais razões para tal fato são o elevado percentual de áreas protegidas nestas propriedades e o manejo de baixo impacto ambiental praticado nesses cultivos. As pesquisas apontam ainda para o alto uso dos plantios florestais pela fauna silvestre, o que demonstra que estas plantações são importantes como ampliadoras das áreas de vida e como corredores de ligação entre as áreas de vegetação nativa. Notadamente para as espécies mais exigentes, que são aquelas dependentes florestais, como os primatas, mamíferos de grande porte e as demais espécies arborícolas, as plantações de eucalipto têm o papel fundamental de promover a conectividade entre os remanescentes florestais nativos.
A capacidade das plantações florestais de permitir a circulação da fauna é também denominada de aumento da permeabilidade da paisagem, ou seja, as plantações de eucalipto facilitam a circulação de diversas espécies da fauna, principalmente se comparadas às áreas desmatadas, às pastagens ou às culturas agrícolas. Isso significa dizer que o mito difundido de que as plantações de eucalipto são um deserto verde cai literalmente por terra. Dessa forma, as propriedades com plantios florestais, realizados com manejo de baixo impacto e com altos percentuais de áreas destinadas à conservação de remanescentes de vegetação, são desejáveis também no entorno das unidades de conservação como forma de ampliar os espaços de vida para a fauna silvestre e para aumentar a conectividade entre as unidades de conservação e os demais remanescentes florestais situados no entorno.
A capacidade das plantações florestais de permitir a circulação da fauna é também denominada de aumento da permeabilidade da paisagem, ou seja, as plantações de eucalipto facilitam a circulação de diversas espécies da fauna, principalmente se comparadas às áreas desmatadas, às pastagens ou às culturas agrícolas. Isso significa dizer que o mito difundido de que as plantações de eucalipto são um deserto verde cai literalmente por terra. Dessa forma, as propriedades com plantios florestais, realizados com manejo de baixo impacto e com altos percentuais de áreas destinadas à conservação de remanescentes de vegetação, são desejáveis também no entorno das unidades de conservação como forma de ampliar os espaços de vida para a fauna silvestre e para aumentar a conectividade entre as unidades de conservação e os demais remanescentes florestais situados no entorno.
Fonte: Cenibra.
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