sábado, 29 de outubro de 2011

Nutrição de mudas de eucalipto

Estudos visando quantificar a concentração e acúmulo de nutrientes nos tecidos vegetais das mudas em diferentes idades são importantes para determinar a dose e a relação adequada dos nutrientes a ser aplicadas nas adubações de cobertura, nos diferentes estádios de desenvolvimentos da mudas. Atualmente, a falta dessas informações faz com que a maior parte dos viveiros florestais padronizem a aplicação de fertilizantes, independente da fase de crescimentos da muda.
Os objetivos desse trabalho foram: analisar o crescimento das mudas expresso pela produção de matéria seca, determinar as concentrações e as quantidades acumuladas de nutrientes no diferentes órgãos da planta em função da idade.
O experimento foi conduzido em viveiro comercial utilizando-se sementes de E. grandis e o substrato foi o produto comercial "Plantmax Florestal" que é constituído de casca de Pinus decomposta, casa de arroz carbonizada, vermiculita e perlita. As adubações foram realizadas aos 30, 40 e 50 dias após semeadura através de rega manual com 1 litro de solução por bandeja. Os parâmetros analisados foram: peso seco de folhas, raízes e caule; concentração e acúmulo dos nutrientes nas diferentes partes da muda.
Os resultados sugerem que, nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, a adubação entre 30 e 70 dias deva favorecer o fornecimento de nitrogênio se comparado ao potássio e o contrário deverá acontecer na fase de rustificação. Isso se justifica pela importância no nitrogênio no aumento de área foliar e maior crescimento vegetativo na fase inicial e o aumento da dose de potássio é justificado por fazer com que as mudas se tornem, fisiologicamente, mais capazes de regular suas perdas de umidade além de facilitar o engrossamento do caule. Já o fornecimento de cálcio é essencial na fase de rustificação pois ele está diretamente ligado a síntese da parede celular na fase secundária do desenvolvimento e no processo de lignificação, suprindo assim a necessidade de maior lignificação do caule.

Adaptado de: Silveira, R.L.V.A., Luca, E.F., Silveira, L.V.A., Luz, H.F. 2003 . Matéria Seca, concentração e acúmulo de nutrientes em mudas de Eucalyptus grandis em função da idade. Scientia Forestalis, n64, p 136-149, dez 2003.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Engenharia Florestal - UFSM

O Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (RS) tem duração 10 semestres e as aulas são ministradas no período diurno sendo o ingresso através de vestibular.
Segundo o Site da instituição, as áreas de atuação do engenheiro florestal por ela formado planeja, executa e revisa planos de manejo florestal e de implantação florestal e recuperação de áreas degradadas; administra, opera e mantém sistemas de produção florestal em florestas naturais e plantadas; orienta o desenvolvimento de políticas públicas sobre a conservação e uso de ecossistemas florestais; coordena o planejamento e linhas de atuação de entidades de defesa do meio ambiente; coopera na elaboração e execução de projetos de desenvolvimento rural sustentável; coordena sistemas de monitoramento ambiental e planejamento e execução de projetos de extensão rural; coordena e executa programas de educação ambiental e projetos ambientais; planeja, mapeia, coordena e executa projetos temáticos em geral, classificação, espacialização e quantificação de recursos naturais renováveis; coordena o planejamento e execução de projetos de abastecimento de indústrias e controle de qualidade de matéria-prima florestal.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Eventos de Novembro

IUFRO 2011 Eucalyptus
Data: 14 a 18 de agosto
Local: Porto Seguro - BA
Informações: IUFRO

IV Simpósio de Restauração Ecológica
Data: 16 a 18 de novembro
Local: Instituto de Botânica de São Paulo
Informações: INFO

Encontro Latinoamericano de Base Florestal e Biomassa
Data: 17 a 19 de novembro
Local: Lages-SC
Informações: Florestal&Biomassa

1º Dia de Campo Acacia Mangium
Data: 19 de novembro
Local: Goiás
Informações: Plante Roots

Curso de Aperfeiçoamento Técnico para Gestores Operacionais Florestais
Data: 21 a 23 de novembro
Local: Curitiba - PR
Informações: Email

Treinamento em Inventário e Mensuração Florestal
Data: 22 a 24 de novembro de 2011
Local: Viçosa - MG
Informações: SIF

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Danos causados por cupins


Sintoma encontrado no campo


Anelamento de coleto e posterior tombamento da muda

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Guanandi

O guanandi, cujo nome científico é Calophyllum brasiliense ocorre em todo o território nacional e seu nome varia conforme a região do Brasil. Considerada sempre uma madeira de lei, resistente, de cor bonita, de grande aceitação e muito valorizada, agora surge como opção para reflorestamento.
Uma sugestão de manejo pode conduzir o plantio da seguinte maneira: em um hectare de terra, o plantio é de 1.500 mudas. Em seis anos, há o primeiro raleamento: retiram-se 500 plantas, que são aproveitadas como lenha. Em 10 anos, há o segundo raleamento, e retiram-se mais 500 árvores, mas o aproveitamento agora é como madeira fina. Permanecem então as 500 melhores árvores do talhão, as quais, em 18 a 20 anos, deverão produzir 400 metros cúbicos de madeira. Apesar da origem no brejo a planta cresce melhor no seco que no terreno encharcado e a desrama é o manejo certo para a árvore subir reta.
Em Botucatu onde fica a seção de engenharia florestal da Unesp. Vera Lex trabalha há 20 anos com madeiras de lei, e o guanandi é seu velho conhecido. “Acho que o guanandi tem muito potencial, assim como outras espécies nativas para plantio comercial, inclusive potencial de gerar muita renda, mas sou bastante cuidadosa no que se refere ao prazo, que seria o corte final”, afirma a engenheira.
“Acredito que não se consegue ter uma madeira de qualidade com menos de 30 anos. Também sou cética em relação à estimativa de crescimento, porque não há ainda pesquisas suficientes em larga escala de áreas plantações no Brasil para dar um indicativo seguro de quanto essa espécie cresce”, completa Vera.

Adaptado de: Painel Florestal